Espécie do mês de Agosto: Mocho-galego
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O mocho-galego (Athene noctua) é uma ave de rapina nocturna (Strigiforme) de pequeno porte (21-23 cm; envergadura 54-58 cm; 140-200 g) e compacta, com plumagem de cor variável acastanhada com manchas brancas. O disco facial é mais marcado nos indivíduos mais escuros o que, em conjunto com a cor dos olhos amarela e as listas supraciliares brancas que sobressaem no disco facial, lhe conferem uma expressão severa.
Distribui-se pela Eurásia e norte de África, encontrando-se ausente na Escandinávia, Islândia e algumas regiões do Reino Unido, Europa Central e Rússia. Em Portugal encontra-se por todo o território continental, mais comummente na metade sul. Esta espécie é mais frequentemente encontrada em habitats antropogénicos, ocupando diferentes tipologias de habitats, denotando-se a sua plasticidade. Frequentemente, o seu habitat inclui uma grande variedade de campos agrícolas com muros e montes de pedras, plantações de cereais, olivais, vinhas, hortas, sistemas agro-florestais, evitando zonas demasiado húmidas, florestas densas e habitats de alta montanha. Independentemente do tipo de habitat, uma das condições para este ser óptimo é ter alimento suficiente para o casal e descendência, sendo a dieta do Mocho-galego constituída essencialmente por micromamíferos, pequenas aves, répteis, anfíbios, escaravelhos (Coleoptera), gafanhotos (Orthoptera), Dermaptera e minhocas (Lumbricidae).
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKkuUH_AsJFngNX6aTQoJDb_e2YVy85ZnAf2_wjcpR5V8pLm-dT7dpxqmy3gPsqMxPxYPswyjcPKKz1-h_6Ru8ebGD57geL83wOEKRU80Iy0puMG6IfXtZ3ZCrfOQuM8THLOfaozVZBI8Y/s400/V135_10_A_30Mai1046.jpg)
Apesar desta espécie poder ser observada com relativa facilidade durante o dia (no cimo de chaminés, casas abandonadas e nos postes e linhas tanto dos telefones como eléctricas), o mocho-galego é essencialmente nocturno, caçando desde o ocaso até cerca de 2 horas antes do nascer do sol. Quando disponíveis, o mocho-galego prefere nidificar em cavidades de árvores e em fendas em troncos ou ramos, sendo que na falta destas, ocupa construções humanas como edifícios agrícolas, celeiros, muros de pedra, casas em ruínas, caixas-ninho, bem como montes de pedra e tocas de coelho. O território é defendido durante todo ano, tornando-se esta defesa mais agressiva durante a época reprodutora que se inicia em finais de Janeiro e Fevereiro e poderá ir até finais de Junho. A incubação de 4 ovos, em média, é realizada pela fêmea durante cerca de 27 dias, sendo as crias avistadas fora do ninho a partir dos 21 dias de idade, apesar de só voarem bem com cerca de 40 dias, abandonando o território dos progenitores a partir do início de Setembro até Novembro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB0KBImtbNH_Gs5bbdJJ7fvNIHrodObz6dJAQ5eiXyvdoW6sgjkVLYti9Myx1JLST6LdspTO5gPJAfvOU5NW6TPcjZplUvfiFUZjOvm12EHQRasb3-s8hrD2JMKLdiCxTfL5CLkvB80R9f/s400/IMG_8469.jpg)
Na Europa, possui um estatuto de conservação Desfavorável (SPEC3) devido ao declínio moderado que as populações desta espécie têm sofrido ao longo das últimas décadas, apesar disso continua a ser considerada a espécie de Strigiforme mais abundante em Portugal. Os principais factores de ameaça são de origem antropológica, como o abandono da agricultura tradicional, colisão com veículos, envenenamento por pesticidas, bem como a redução de presas devido ao uso do mesmo, caça ilegal e pilhagem, diminuição de locais óptimos de nidificação, quedas de ninho e a predação por martas (Martes sp.) e outras aves de rapina, como o bufo-real (Bubo bubo) e a coruja-do-mato (Strix aluco), sendo o seu estatuto de conservação em Portugal considerado Pouco Preocupante pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWONGSyrP2aMGgNp07EaZkvarBR_yFOtV-47KRpmVvxQjCcskvMZZkzvdKV4rQh4xA8rXQj26VBXX6q8mOwZAjhHGNMGCoaj6ev1Us_enpjt-0SZqMQnRssTxExqwQkqgvCCs-EbbeCBKl/s400/Lib_Athene_Ervedal23.jpg)
No âmbito do Projecto BARN, em 2008/2009 foi realizado um estudo com o objectivo de detectar locais de presença e de nidificação de aves de rapina nocturnas no concelho de Gouveia, tendo sido o mocho-galego uma das espécies alvo deste estudo. Esta espécie distribui-se pela área de estudo de uma forma mais ou menos regular, tendo sido a espécie mais detectada (69 territórios), estimando-se a existência de 225 casais.
Distribui-se pela Eurásia e norte de África, encontrando-se ausente na Escandinávia, Islândia e algumas regiões do Reino Unido, Europa Central e Rússia. Em Portugal encontra-se por todo o território continental, mais comummente na metade sul. Esta espécie é mais frequentemente encontrada em habitats antropogénicos, ocupando diferentes tipologias de habitats, denotando-se a sua plasticidade. Frequentemente, o seu habitat inclui uma grande variedade de campos agrícolas com muros e montes de pedras, plantações de cereais, olivais, vinhas, hortas, sistemas agro-florestais, evitando zonas demasiado húmidas, florestas densas e habitats de alta montanha. Independentemente do tipo de habitat, uma das condições para este ser óptimo é ter alimento suficiente para o casal e descendência, sendo a dieta do Mocho-galego constituída essencialmente por micromamíferos, pequenas aves, répteis, anfíbios, escaravelhos (Coleoptera), gafanhotos (Orthoptera), Dermaptera e minhocas (Lumbricidae).
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Apesar desta espécie poder ser observada com relativa facilidade durante o dia (no cimo de chaminés, casas abandonadas e nos postes e linhas tanto dos telefones como eléctricas), o mocho-galego é essencialmente nocturno, caçando desde o ocaso até cerca de 2 horas antes do nascer do sol. Quando disponíveis, o mocho-galego prefere nidificar em cavidades de árvores e em fendas em troncos ou ramos, sendo que na falta destas, ocupa construções humanas como edifícios agrícolas, celeiros, muros de pedra, casas em ruínas, caixas-ninho, bem como montes de pedra e tocas de coelho. O território é defendido durante todo ano, tornando-se esta defesa mais agressiva durante a época reprodutora que se inicia em finais de Janeiro e Fevereiro e poderá ir até finais de Junho. A incubação de 4 ovos, em média, é realizada pela fêmea durante cerca de 27 dias, sendo as crias avistadas fora do ninho a partir dos 21 dias de idade, apesar de só voarem bem com cerca de 40 dias, abandonando o território dos progenitores a partir do início de Setembro até Novembro.
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Na Europa, possui um estatuto de conservação Desfavorável (SPEC3) devido ao declínio moderado que as populações desta espécie têm sofrido ao longo das últimas décadas, apesar disso continua a ser considerada a espécie de Strigiforme mais abundante em Portugal. Os principais factores de ameaça são de origem antropológica, como o abandono da agricultura tradicional, colisão com veículos, envenenamento por pesticidas, bem como a redução de presas devido ao uso do mesmo, caça ilegal e pilhagem, diminuição de locais óptimos de nidificação, quedas de ninho e a predação por martas (Martes sp.) e outras aves de rapina, como o bufo-real (Bubo bubo) e a coruja-do-mato (Strix aluco), sendo o seu estatuto de conservação em Portugal considerado Pouco Preocupante pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
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No âmbito do Projecto BARN, em 2008/2009 foi realizado um estudo com o objectivo de detectar locais de presença e de nidificação de aves de rapina nocturnas no concelho de Gouveia, tendo sido o mocho-galego uma das espécies alvo deste estudo. Esta espécie distribui-se pela área de estudo de uma forma mais ou menos regular, tendo sido a espécie mais detectada (69 territórios), estimando-se a existência de 225 casais.
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