Ingresso de crias de rapinas nocturnas no CERVAS



Com o início da Primavera regista-se sempre um aumento muito significativo no número de ingressos de animais silvestres com necessidades de tratamento, um exemplo são os casos de crias que chegam a este centro. 

Como em outros anos as crias de coruja-do-mato (Strix aluco) são das primeiras crias a dar entrada no CERVAS.
Isto deve-se ao facto de, entre as espécies de rapina nocturnas, a coruja-do-mato ser das primeiras a reproduzir-se e a colocar os ovos, acontecendo em meados de Março. Para além disso as crias são igualmente precoces no que diz respeito ao abandono do ninho. Muitas vezes na primeira tentativa de abandonar o ninho as crias ainda não possuem a plumagem totalmente desenvolvida e acabam por cair ficando impossibilitadas de voltar para este. Apesar disso mantêm-se por perto e continuam a ser alimentadas e cuidadas pelos progenitores até terminarem o seu desenvolvimento.


A recuperação de crias de rapinas é um processo demorado e complexo, envolvendo cuidados muito frequentes, passando pela alimentação adequada, convívio com indivíduos da mesma espécie e treinos de voo e caça.
Se quiser ajudar na recuperação desta crias de Coruja-do-mato pode apadrinha-las através da campanha de apadrinhamentos. Receberá, se pretender, informações acompanhadas de fotografias sobre a sua evolução e será convidado a devolvê-las à natureza (se tal for possível no final do processo de recuperação).


Descarregue a ficha de apadrinhamento AQUI!

O que fazer se encontrar uma cria de coruja na natureza?

O mais provável é que não tenha nenhum problema. Estes animais saem do seu ninho quando ainda não são capazes de voar permanecendo, no entanto, sempre perto do ninho ao cuidado dos progenitores até terminarem o seu desenvolvimento. Mesmo que não veja os progenitores, é possível que eles o vejam a si, deixe a cria no local onde foi encontrada ou coloque-a num ramo, longe do perigo.

Se pelo contrário, a cria tiver algum problema, recolha-a com cuidado evitando ao máximo perturbá-la, minimizando o barulho, tempo de manipulação e contacto com as pessoas. 
Use uma toalha ou pano para cobrir a cabeça do animal (evita estímulos visuais, acalmando-o) e coloque-o numa caixa de cartão adequada ao seu tamanho, com pequenos furos para que possa respirar. Tenha muita atenção ao bico/focinho e às garras para não ser magoado! 

Não tente recuperar a cria em sua casa, muitas vezes são necessários cuidados médico-veterinários e medicação especializada. Ao mantê-la em sua casa estará a comprometer a recuperação da cria e a sua devolução à natureza.

Entre de imediato em contacto com:

SEPNA-GNR:217503080
SOS Ambiente:808200520
CERVAS:962714492
Parque Natural ou Área Protegida mais próxima. 

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