Espécie do mês de Setembro: Mocho-d'orelhas
O mocho-d’orelhas (Otus scops) é a mais pequena ave de rapina que existe em Portugal (60-135g; 19-20cm; envergadura 53-63cm), apresenta plumagem ligeiramente uniforme, de cor variável em tons castanho-acinzentado que lhe confere uma excelente camuflagem nos troncos das árvores, e possui pequenos tufos na cabeça que fazem lembrar orelhas.
Distribui-se pela Europa do leste e sul, sendo também encontrada na Europa central. A subespécie O. scops mallorcae, nidificante em Portugal, é parcialmente migratória, deslocando-se da África sub-Sariana, local onde inverna, para a Península Ibérica, chegando no início de Março e partindo em meados de Setembro. Em Portugal encontra-se distribuída por todo o território, sendo mais comum no Nordeste Transmontano e na Beira Interior. Encontra-se em climas temperados e mediterrânicos a médias e baixas altitudes, podendo também ocorrer acima dos 1500 m.
Sendo preferencialmente insectívoro, o mocho-d’orelhas está associado a áreas semi-abertas compostas por um mosaico de habitats ricos em grandes insectos, interceptando zonas arbóreas que lhe proporcionam pousos discretos e cavidades para ninhos. A sua dieta é maioritariamente composta por grandes insectos (Coleoptera, Lepidoptera, Orthoptera) e também por aracnídeos, micromamíferos, pequenas aves, anfíbios e répteis, que caça à noite e, ocasionalmente, de dia. Nidifica em cavidades de árvores maduras, buracos de paredes ou telhados de edifícios e, por vezes, em antigos ninhos de outras espécies (e.g. pega-rabuda Pica pica), podendo também usar caixas-ninho. Espécie migratória, podendo variar de território de ano para ano tendo em conta a disponibilidade de alimento e de locais de ninho. A época de reprodução está compreendida entre Maio e meados de Julho. A incubação de 4-5 ovos é realizada apenas pela fêmea durante 24-25 dias, sendo que começa logo após a postura do primeiro ovo. As crias poderão ser vistas fora do ninho com cerca de 21-29 dias, estando aptos a dar os primeiros voos poucos dias depois, mas apenas se tornam independentes dos progenitores cerca de 5 semanas depois. Apesar de muito pouco estudado, acredita-se que a migração seja feita em pequenos grupos “familiares”.
Na Europa, possui um estatuto de conservação Desfavorável (SPEC2), sendo que a sua tendência populacional é desconhecida, mas acreditando-se que se encontra em declínio. Em Portugal não está ainda recolhida informação suficiente para ser atribuído um estatuto de conservação em Portugal pelo Livro Vermelho dos Vertebrados. Apesar disso, são conhecidos alguns factores de ameaça como a perda de habitat, uso de pesticidas, predação por animais domésticos e colisões com veículos.
Distribui-se pela Europa do leste e sul, sendo também encontrada na Europa central. A subespécie O. scops mallorcae, nidificante em Portugal, é parcialmente migratória, deslocando-se da África sub-Sariana, local onde inverna, para a Península Ibérica, chegando no início de Março e partindo em meados de Setembro. Em Portugal encontra-se distribuída por todo o território, sendo mais comum no Nordeste Transmontano e na Beira Interior. Encontra-se em climas temperados e mediterrânicos a médias e baixas altitudes, podendo também ocorrer acima dos 1500 m.
Sendo preferencialmente insectívoro, o mocho-d’orelhas está associado a áreas semi-abertas compostas por um mosaico de habitats ricos em grandes insectos, interceptando zonas arbóreas que lhe proporcionam pousos discretos e cavidades para ninhos. A sua dieta é maioritariamente composta por grandes insectos (Coleoptera, Lepidoptera, Orthoptera) e também por aracnídeos, micromamíferos, pequenas aves, anfíbios e répteis, que caça à noite e, ocasionalmente, de dia. Nidifica em cavidades de árvores maduras, buracos de paredes ou telhados de edifícios e, por vezes, em antigos ninhos de outras espécies (e.g. pega-rabuda Pica pica), podendo também usar caixas-ninho. Espécie migratória, podendo variar de território de ano para ano tendo em conta a disponibilidade de alimento e de locais de ninho. A época de reprodução está compreendida entre Maio e meados de Julho. A incubação de 4-5 ovos é realizada apenas pela fêmea durante 24-25 dias, sendo que começa logo após a postura do primeiro ovo. As crias poderão ser vistas fora do ninho com cerca de 21-29 dias, estando aptos a dar os primeiros voos poucos dias depois, mas apenas se tornam independentes dos progenitores cerca de 5 semanas depois. Apesar de muito pouco estudado, acredita-se que a migração seja feita em pequenos grupos “familiares”.
Na Europa, possui um estatuto de conservação Desfavorável (SPEC2), sendo que a sua tendência populacional é desconhecida, mas acreditando-se que se encontra em declínio. Em Portugal não está ainda recolhida informação suficiente para ser atribuído um estatuto de conservação em Portugal pelo Livro Vermelho dos Vertebrados. Apesar disso, são conhecidos alguns factores de ameaça como a perda de habitat, uso de pesticidas, predação por animais domésticos e colisões com veículos.
No âmbito do Projecto BARN, em 2008/2009 foi realizado um estudo com o objectivo de detectar locais de presença e de nidificação de aves de rapina nocturnas no concelho de Gouveia, tendo sido o mocho-d’orelhas uma das espécies alvo deste estudo. Esta foi a segunda espécie mais detectada, encontrando-se regularmente distribuída pela área de estudo, mesmo em áreas de maior altitude, notando-se uma aparente tendência para se agruparem em pequenos núcleos.
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