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30 de Agosto de 2011: Devolução à Natureza de 2 milhafres-pretos, 2 cegonhas-brancas e 2 corujas-das-torres

30 de Agosto de 2011, Terça-feira 17:30, Mata Nacional do Choupal, Coimbra - Devolução à Natureza de 2 milhafres-pretos (Milvus migrans) e 2 cegonhas-brancas (Ciconia ciconia)

Os dois milhafres-pretos (
Milvus migrans) foram encontrados por particulares que os entregaram na Reserva Natural do Paul da Arzila, que os encaminhou para o CERVAS. O ingresso deveu-se a queda do ninho, nenhuma das aves apresentava lesões e o processo de recuperação consistiu em alimentação adequada, contacto com outras aves da mesma espécie e treinos de voo.


Ambas as cegonhas-brancas (Ciconia ciconia) apresentavam fracturas do cúbito, um dos ossos das asas, bem como hematomas e escoriações devido aos traumas, tendo o processo de recuperação consistido em alimentação adequada, tratamento das lesões, fisioterapia e posterior treino de voo, em contacto com outros animais da mesma espécie.


No momento das libertações, na Mata Nacional do Choupal, estiveram presentes cerca de 20 pessoas, incluindo visitantes da Mata Nacional do Choupal e outros particulares que tinham tomado conhecimento da acção através da comunicação social, como o Diário de Coimbra e o Diário As Beiras, a quem o CERVAS agradece a divulgação desta e de outras acções.


O CERVAS gostaria de deixar um agradecimento especial à Myriam Kanoun-Boulé, pela colaboração na divulgação das acções e no apoio na recuperação dos animais, bem com aos elementos da Reserva Natural do Paul da Arzila e da Escola Universitária Vasco da Gama que também têm apoiado os processo de recuperação de animais selvagens que têm sido encaminhados para o CERVAS a partir da zona de Coimbra.




30 de Agosto de 2011, Terça-feira
20:00, Casais de S. Clemente, Miranda do Corvo - Devolução à Natureza de uma coruja-das-torres (Tyto alba)

Esta coruja-das-torres (Tyto alba) tinha caído do ninho e foi encontrada por um particular que a entregou ao SEPNA/GNR da Lousã, que a encaminhou para a Reserva Natural do Paul da Arzila. Desta área protegida a ave seguiu para o CERVAS a 25 de Junho, onde foi alimentada, colocada em contacto com aves da mesma espécie e submetida a treinos de voo e caça.


No momento da libertação estiveram presentes 11 pessoas, incluindo a família que tinha encontrado a coruja junto ao ninho quando ainda era cria e que a cuidaram com todas as precauções e dedicação na fase inicial da recuperação até a entregarem às autoridades.



30 de Agosto de 2011, Terça-feira
21:30, Lousã - Devolução à Natureza de uma Coruja-das-torres (Tyto alba)

Esta coruja-das-torres (Tyto alba) tinha sido encontrada numa habitação em construção, embrulhado numa linha e foi encontrada por um particular que a entregou ao SEPNA/GNR da Lousã, que a encaminhou para a Reserva Natural do Paul da Arzila. Quando ingressou no CERVAS, a 30 de Abril, a ave apresentava feridas extensas numa das asas, foi tratada, alimentada, colocada em contacto com aves da mesma espécie e submetida a treinos de voo e caça.


No momento da libertação estiveram presentes os agentes responsáveis pela recolha e envio da ave para o CERVAS.

Monitorizações das caixas-ninho 2011

Praticamente no final da época reprodutora de 2011, o Projecto BARN do CERVAS/ALDEIA apresenta os resultados obtidos após finalizar a monitorização das caixas-ninho para aves de rapina nocturnas colocadas em Gouveia. Estas caixas foram colocadas entre 2009 e 2010 com o objectivo de potenciar a nidificação de coruja-das-torres (Tyto alba), mocho-galego (Athene noctua) e mocho-d’orelhas (Otus scops).

Pelo segundo ano consecutivo, a caixa-ninho colocada na quinta do Convento de S. Francisco, S. Julião foi ocupada por um casal de corujas-das-torres, tendo sido colocados 6 ovos em finais de Março. Apenas 5 crias nasceram em finais de Abril, tendo estas sido mais tarde anilhadas (com devida autorização), encontrando-se todas em excelente condição física
aquando da monitorização.


Este ano foi também ocupada uma das caixas-ninho para mocho-d’orelhas colocadas no Parque da Sra. dos Verdes, Cativelos. Apesar de no momento em que foi realizada a monitorização a caixa já se encontrar sem crias, é possível afirmar que esta foi ocupada nesta época reprodutora, uma vez que o fundo da caixa se encontrava com material vegetal bem calcado, contendo também algumas egagrópilas regurgitadas por mocho-d’orelhas e fezes.



Para além das caixas-ninho, o CERVAS monitorizou também um ninho de coruja-das-torres na chaminé da casa de um particular em Aldeias, após ter sido contactado pela Junta de Freguesia e proprietário da casa. O objectivo inicial da visita dos técnicos do CERVAS passava por perceber se o ninho das corujas estaria num local seguro, uma vez que este foi o primeiro ano que esta espécie escolheu esse mesmo local para nidificar, encontrando-se os proprietários da casa preocupados com o bem-estar das aves. Foram então contabilizadas o número de crias presentes no ninho, tendo-se realizando um completo exame físico e anilhado cada uma das crias. Estima-se que as 4 crias tivessem entre 4 a 6 semanas, e depois de se confirmar que tudo se encontrava bem com as mesmas, foram novamente colocadas no ninho, ou seja, na câmara que circunda parte do canal da chaminé (ver foto abaixo). Antes disto, foi tapada a saída do canal da chaminé de modo a evitar que as mesmas caíssem para dentro de casa quando começassem a treinar os primeiros voos.


Além das já referidas, mais nenhuma das caixas-ninho se encontrava ocupada pelas espécies para as quais foram colocadas, embora algumas delas apresentavam sinais de tentativa de nidificação ou mesmo nidificação por outras espécies de aves (p.e. melro-preto Turdus merula) ou mamíferos (p.e. esquilo-vermelho Sciurus vulgaris).


Uma vez mais agradecemos a todos o apoio na monitorização dos ninhos, entre Juntas de Freguesia, B. V. de Vila Nova de Tazem, ABPG/Sra. dos Verdes e proprietários dos locais onde se encontram os ninhos/caixas-ninho.

28 de Agosto de 2011: Devolução à Natureza de peneireiro-vulgar e águia-calçada


28 de Agosto de 2011, Domingo
9:30 - Devolução à Natureza de um peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus).

Este peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) ingressou no CERVAS devido a colisão contra uma vedação de arame farpado e foi encontrado por um particular que o encontrou pendurado por uma das asas.


O animal foi encaminhado para o centro através de vigilantes da Natureza de áreas protegidas e o processo de recuperação passou por tratamento das feridas, alimentação e contacto com animais da mesma espécie durante a fase de treino de voo.


A ave foi devolvida à Natureza junto ao Castelo de Linhares perante cerca de 60 pessoas, sendo grande parte delas participantes numa etapa do XC Open World Series, um evento de parapente, bem como de alguns habitantes locais e autoridades.


O CERVAS agradece todo o apoio e colaboração da Câmara Municipal de Celorico da Beira e da empresa Wind na dinamização da acção.





28 de Agosto de 2011, Domingo

16:30 - Devolução à Natureza de uma águia-calçada (Aquila pennata)

Esta águia-calçada (Aquila pennata) ingressou no CERVAS a 28 de Maio de 2011, após ter sido electrocutada num poste em S. Pedro, Celorico da Beira. A ave foi encontrada e recolhida por um particular logo após o acidente e encaminhada de forma muito célere para o SEPNA-GNR da Guarda, que a entregou ao CERVAS.

Aspecto da asa afectada, antes e depois do processo de recuperação

A rapidez do processo levado a cabo pelo particular e autoridades foi decisiva no sucesso deste caso, tendo facilitado muito o processo de tratamento das feridas numa das asas, que, nos casos de electrocussão, como este, são geralmente muito graves e de difícil tratamento.


Durante a acção estiveram presentes cerca de 20 pessoas, incluindo a família que encontrou a ave ferida na sua quinta. A ave foi devolvida à Natureza num local muito próximo de onde tinha sido encontrada, junto ao rio Mondego.


O CERVAS gostaria de deixar um agradecimento especial ao Nuno Ribeiro, pela ajuda na divulgação, bem como à Câmara Municipal de Celorico da Beira e ao restaurante Escorropicha Ana! pela colaboração na dinamização da acção.


Devolução à natureza de sapo-comum e melro-preto

18 de Agosto de 2011, Quinta-feira
22:00 - Devolução à Natureza de um sapo-comum (Bufo bufo)


Um sapo-comum (Bufo bufo) tinha sido entregue no CERVAS por um particular após ter sido encontrado com hemorragias e inflamação num dos olhos, possivelmente causadas por um atropelamento, em Oliveira do Hospital.


Após cerca de 10 dias em recuperação no CERVAS, onde recebeu tratamento específico para as lesões, o animal foi libertado num local próximo de onde tinha sido encontrado, pelos particulares que o tinham recolhido.


Os ingressos de anfíbios no CERVAS têm sido raros, sendo este apenas o segundo sapo-comum que ingressou vivo no centro. A experiência ao nível do maneio e tratamento de anfíbios é ainda muito reduzida, no entanto, torna-se cada vez mais necessária, dada a maior sensibilização das pessoas, que cada vez mais tentam colaborar na recuperação de animais selvagens protegidos, independentemente do tipo de espécie. Os anfíbios são dos grupos mais ameaçados a nível mundial, pelo que os centros de recuperação devem também desempenhar um papel activo na sensibilização para as ameaças e problemas de conservação destes animais.

Conheça melhor o sapo-comum aqui.


20 de Agosto de 2011, Sábado
11:00 - Devolução à Natureza de um melro-preto (Turdus merula)

Um melro-preto (Turdus merula) ingressou no CERVAS após colisão com uma estrutura, provavelmente uma janela ou porta de vidro e foi recolhido por técnicos do Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), em Seia. No exame físico não foram detectadas lesões graves, apenas ligeira descoordenação motora, pelo que a recuperação do animal foi realizada em 3 dias e consistiu em repouso, alimentação e posterior treino de voo.


A devolução à Natureza foi efectuada por técnicos e voluntários do CERVAS dentro dos terrenos do centro, junto a uma linha de água, num local adequado para a espécie.



Conheça melhor o melro-preto aqui.

Espécie do mês de Agosto: Cuco-canoro

O cuco-canoro (Cuculus canorus) é uma ave difícil de observar na natureza mas o seu canto é bastante conhecido e identificativo da espécie. É uma ave migratória, sendo estival no nosso território, e anuncia o inicio da Primavera com o seu canto, sendo possível observar e ouvir esta espécie a partir de meados de Março até princípios de Julho (2).

O cuco-canoro possui uma forma e dimensão algo semelhante ao gavião, apresentando cabeça e pescoço cinzentos e uma orla amarela nos olhos bastante evidente, abdómen e peito brancos com barras escuras transversais e dorso cinzento. Os juvenis, e algumas fêmeas desta espécie, apresentam por vezes uma plumagem mais arruivada, mas com o mesmo padrão dos adultos. Esta plumagem é uma excelente camuflagem em ambientes florestais onde muitas vezes se encontram e nidificam (1), escolhendo também áreas bastante abertas com um uso agrícola mais intensivo e ainda matos em confluência com bosques, evitando zonas de altitude, urbanizadas e matos densos de pinhal e eucaliptal (1),(2). Por serem tão versáteis na escolha do habitat (2) encontram-se bem distribuídos pelo território continental, principalmente na Beira Alta e Trás-os-Montes (2).


O cuco-canoro possui a particularidade de ser parasita, colocando os seus ovos nos ninhos de outras aves de espécies diferentes, principalmente em ninhos de passeriformes insectívoros. Realizada a postura deixa a cargo a alimentação das crias aos hospedeiros, não se preocupando mais com o destino dos ovos (2). Cada fêmea de cuco pode pôr até 25 ovos (média de 9), um por cada ninho parasitado, tendo tendência em especializar-se num único hospedeiro. A fêmea de cuco remove ou engole um ovo do hospedeiro por cada ovo colocado no ninho (2). A incubação dos ovos dura somente 12 dias e a cria de cuco eclode primeiro que os ovos da espécie da ave parasitada, expulsando-os do ninho. A capacidade de voo das crias de cuco-canoro depende do hospedeiro, variando entre 12 e 6 semanas (2).
O cuco-canoro alimenta-se sobretudo de insectos (principalmente lagartas da ordem lepidoptera), que outras espécies de aves normalmente evitam, e de coleópteros (2).


Bibliografia

(1) Aves de Portugal: Cuculus canorus, consultado em http://www.avesdeportugal.info/cuccan.html, a 17-08-2011.
(2) Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R. 2010. Aves de Portugal: Ornitologia do Território Continental. Assírio & Alvim, Lisboa. ISBN: 978-972-37-1494-4.


CERVAS nas Festas do Senhor do Calvário/ExpoSerra 2011

Tal como em anos anteriores, a Associação ALDEIA/CERVAS estiveram presentes nas Festas do Senhor do Calvário, dinamizando um espaço de divulgação e sensibilização ambiental na ExpoSerra, entre 12 e 15 de Agosto de 2011.


Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido pelo centro bem como vários aspectos relacionados com a Biologia e Conservação de diversas espécies de fauna selvagem Portuguesa, através do contacto com material e equipamento do kit de educação ambiental que é usado nas acções do CERVAS.


Em simultâneo com o trabalho desenvolvido na ExpoSerra foram realizadas diversas actividades paralelas. No dia 13, foi devolvido à Natureza um andorinhão-pálido (Apus pallidus) que esteve em recuperação no CERVAS desde que era uma cria muito pequena, durante mais de um mês, onde foi alimentado diariamente, de duas em 2 horas, para desenvolver a plumagem e capacidade de voo. Na libertação da ave estiveram presentes 10 pessoas, que a baptizaram de "Buzz".


No mesmo dia foi também realizado o Jantar de Estagiários, Voluntários e Colaboradores do CERVAS e no dia seguinte foi realizada a entrega de prémios do I Concurso de Fotografia do CERVAS.


Em ambos os dias foram realizadas visitas ao CERVAS para os visitantes da ExpoSerra que demonstraram interesse em conhecer o espaço de trabalho do centro.

11 de Agosto de 2011: Devolução à natureza de mocho-galego e coruja-do-mato

11 de Agosto de 2011, Quinta-feira
17:30 - Devolução à natureza de um mocho-galego (Athene noctua)
Aldeia Nova, Trancoso



Esta ave foi encontrada por um particular caída do ninho, tendo sido recolhida pelo SEPNA-GNR de Pinhel que a encaminhou para o CERVAS. No centro de recuperação, passou por um processo de recuperação que consistiu numa alimentação adequada ao normal desenvolvimento físico e da plumagem. Durante todo o processo esteve em contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos tipicamente selvagens e, assim, minimizar a habituação ao Homem. Numa fase final da sua recuperação realizou treinos de voo e caça, encontrando-se apta para a devolução à natureza.


Durante o momento da devolução à natureza do mocho-galego estiveram presentes cerca de 20 pessoas, entre população local, Presidente da Junta de Freguesia e outros representantes da mesma e ainda voluntários do CERVAS. A ave foi baptizada de “Aldeia Nova”.





20:00 - Devolução à natureza de uma coruja-do-mato (Strix aluco)

Cedovim, Vila Nova de Foz Côa



Esta ave foi encontrada por um particular caída do ninho num largo junto ao Lar de 3ª Idade, tendo sido recolhida pelo SEPNA-GNR de Pinhel e encaminhada para o CERVAS. Nas instalações do centro de recuperação passou por um processo de recuperação relativamente simples, uma vez que se encontrava em boas condições. No entanto, passou por uma alimentação adequada ao normal desenvolvimento físico e da plumagem. Foi também colocada em contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos tipicamente selvagens e, assim, minimizar a habituação ao Homem. Realizou ainda treinos de voo e caça e estando com a plumagem completamente desenvolvida, encontrando-se apta para ser devolvida à natureza.


Esta ave foi devolvida à natureza perto do local onde foi encontrada, tendo este momento sido precedido de uma pequena palestra no Lar da 3.ª Idade de Cedovim. Participaram neste momento cerca de 20 pessoas, a maior parte utentes, funcionários e presidente do Lar, mas também representantes da Junta de Freguesia de Cedovim. A aves foi devolvida à natureza pela mesma pessoa que a encontrou, tendo sido baptizada de “Vim Cedo”, um trocadilho com o nome da freguesia por esta coruja ter saído cedo de mais do seu ninho!



09 e 10 de Agosto de 2011: Devolução à natureza de 13 animais selvagens

Dia 09 de Agosto, Terça-feira

17:00h - Devolução à natureza de um cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa)
Ponte sobre o Mondego que separa Nelas e Seia (Estrada Nacional EN231)

Este animal encontrava-se em casa de um particular, e terá sido capturado num anzol durante uma pescaria que o mesmo se encontrava a fazer. Numa das acções de educação ambiental que o CERVAS realizou, esta pessoa, que estava presente, entregou de livre e espontânea vontade o animal aos técnicos do centro, que o levaram até ao CERVAS para ser observado pelo veterinário. O animal não apresentava lesões graves, pelo que a recuperação passou por uma alimentação adequada e foi agora devolvido à natureza num local que apresenta as características necessárias aos requisitos ecológicos da espécie.


No momento de devolução à natureza deste cágado-mediterrânico estiveram presentes cerca de 12 pessoas, entre as quais o Sr. Presidente da Junta de Paranhos, particulares e a pessoa que entregou voluntariamente o cágado aos cuidados do CERVAS. A devolução foi realizada pela própria pessoa que o entregou, e que o baptizou de ‘Tarola’.



18:30h - Devolução à natureza de um mocho-galego (Athene noctua)
Parque Ecológico da Quinta da Cerca - Nelas

Esta ave foi vítima de queda do ninho e foi encontrada e recolhida no Parque Ecológico Quinta da Cerca por um particular, e encaminhada para o CERVAS pelo SEPNA-GNR de Mangualde. No momento do seu ingresso não apresentava lesões e o seu processo de recuperação passou por uma alimentação adequada, pelo contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos específicos da espécie e também realizou treinos de voo e caça. Durante este processo foi essencial a diminuição ao mínimo indispensável da sua manipulação e contacto com humanos, de forma a evitar a sua domesticação.


Este mocho-galego foi devolvido à natureza num local que apresenta as características ecológicas de que esta espécie depende, e estiveram presentes 7 pessoas, entre as quais representantes da Câmara Municipal de Nelas e particulares. O animal foi baptizado de ‘Sérgio’.


19:45h - Devolução à natureza de um mocho-galego (Athene noctua)
Aeródromo de Pinhanços - Seia

Esta ave foi vítima de uma queda do ninho e encontrada por um particular. Posteriormente foi recolhida por um técnico do CISE - Centro de Interpretação da Serra da Estrela e encaminhada para o CERVAS pelo SEPNA-GNR de Gouveia. No momento do seu ingresso não apresentava nenhuma lesão pelo que a sua recuperação passou por uma alimentação adequada, pelo contacto com animais da mesma espécie e também realizou treinos de voo e caça.


A devolução à natureza deste animal foi junto ao aeródromo de Pinhanços, Seia, local onde se conhece a presença de um casal reprodutor desta espécie e que apresenta as condições necessárias aos requisitos ecológicos do mocho-galego. Estiveram presentes 5 pessoas, entre as quais se encontrava o Sr. Presidente da Junta de Pinhanços que baptizou o animal de ‘Jacobi’.



21:30h - Devolução à natureza de uma coruja-do-mato (Strix aluco)
Teixeira de Baixo - Seia

Este animal foi encontrado vítima de queda do ninho, e recolhido por um particular. Posteriormente foi encaminhado para o CERVAS por intermédio do SEPNA-GNR de Gouveia. No momento do seu ingresso a coruja apresentava boa condição corporal, estava bem hidratada e comia sozinha, o que permitiu logo à partida a diminuição ao mínimo indispensável da sua manipulação, evitando assim a sua domesticação. Posteriormente esteve em contacto com animais da mesma espécie e realizou treinos de voo e de caça.


No momento de devolução à natureza estiveram presentes cerca de 45 pessoas, entre as quais o Sr. Presidente da Junta de Teixeira e na sua maioria habitantes da localidade Teixeira de Baixo.


A equipa do CERVAS foi recebida com muita simpatia e curiosidade e a devolução à natureza decorreu num local onde, segundo os locais, existem vários indivíduos desta espécie e perto de um conhecido local de nidificação desta espécie. A coruja foi baptizada de ‘Lontra Kuvita’.



Dia 10 de Agosto, Quarta-feira

11:00h - Devolução à natureza de um gavião (Accipiter nisus)
Cemitério do Seixo, Mira - Aveiro

Este gavião foi vítima de queda do ninho. Foi encontrado e recolhido por um particular, e encaminhada para o CERVAS pelos Vigilantes da Natureza da RNPA - Reserva Natural do Paúl de Arzila. No momento do seu ingresso não apresentava nenhuma lesão, pelo que a sua recuperação passou por uma alimentação adequada e pela diminuição da sua manipulação de forma a evitar a domesticação. Numa fase posterior realizou treinos de voo e de caça.


No momento de devolução à natureza deste gavião estiveram presentes 9 pessoas, entre as quais a pessoa que encontrou o animal. O local apresentava as características necessárias para os requisitos ecológicos desta espécie, e o animal, que realizou o seu primeiro voo em liberdade de forma excepcional foi baptizado de ‘Tika’.




14.30h - Devolução à natureza de três milhafres-pretos (Milvus migrans)
Mata Nacional do Choupal, Coimbra

Estas três aves foram vítimas de uma queda do ninho e foram encontradas, recolhidas e encaminhada para o CERVAS pelos Vigilantes da Natureza da RNPA - Reserva Natural do Paúl de Arzila. Quando ingressaram no centro não apresentavam qualquer lesão e a sua recuperação passou por uma alimentação adequada, pelo contacto com animais da mesma espécie e realizaram treinos de voo e de caça. Durante este processo foi essencial diminuir ao mínimo indispensável o contacto com humanos, de forma a evitar a domesticação.


Estes animais foram devolvidos à natureza na Mata Nacional do Choupal, onde existe uma grande colónia de indivíduos desta espécie. No momento da sua devolução estiveram presentes cerca de 18 pessoas, entre as quais se encontravam jornalistas do Diário de Coimbra e Diário das Beiras, técnicos do ICNB, vigilantes da natureza, e particulares. Os animais foram baptizados de ‘Silvestre’, ‘Tremoço’ e ‘Pipoca’.




17:00h - Devolução à natureza de um mocho-galego (Athene noctua)
Freguesia de Ferreira-a-Nova, Figueira da Foz

Esta ave foi encontrada por um particular caída do ninho perto das bombas da GALP de Ferreira-a-Nova, tendo sido recolhida pelo SEPNA-GNR de Cantanhede. Posteriormente foi encaminhada por um vigilante da Reserva Natural do Paúl de Arzila para o CERVAS. No centro de recuperação passou por um processo de recuperação relativamente simples que consistiu numa alimentação adequada ao normal desenvolvimento físico e da plumagem. Durante todo o processo esteve em contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos tipicamente selvagens e, assim, minimizar a habituação ao Homem. Por fim, numa fase final do seu desenvolvimento realizou treinos de voo e caça.


No momento de devolução à natureza deste animal estiveram presentes cerca de 45 pessoas, entre as quais a pessoa que encontrou o animal, o Sr. Presidente da Junta de Ferreira-a-Nova e outros representantes, representantes da Câmara Municipal de Figueira da Foz, jornalistas do Jornal O Figueirense e população em geral. O mocho-galego foi baptizado de ‘Ideias’.




18:30h - Devolução à natureza de um mocho-galego (Athene noctua)
Freguesia da Tocha, Cantanhede

Esta ave foi encontrada por um particular caída do ninho perto do antigo Jardim de Infância da Tocha, tendo sido recolhida pelo SEPNA-GNR de Cantanhede. Posteriormente foi encaminhada por um vigilante da Reserva Natural do Paúl de Arzila para o CERVAS, local onde passou por um processo de recuperação relativamente simples que passa por uma alimentação adequada ao normal desenvolvimento físico e da plumagem. Foi também colocada em contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos tipicamente selvagens e, assim, minimizar a habituação ao Homem, tendo também realizado treinos de voo e caça.


A devolução deste animal ao seu habitat decorreu num local que apresenta as características necessárias para esta espécie, com campos agrícolas e bosques em redor. No momento da sua devolução à natureza estiveram presentes cerca de 12 pessoas, entre as quais representantes da Junta de Freguesia da Tocha e particulares, que baptizaram o mocho de ‘Tocha’.




20:00h - Devolução à natureza de uma coruja-das-torres (Tyto alba)
Freguesia de São Caetano, Cantanhede

Esta ave foi vítima de queda do ninho e foi encontrada por um particular dentro da sua habitação. Posteriormente foi recolhida pelo SEPNA-GNR de Cantanhede e encaminhada para o CERVAS pelos Vigilantes da Natureza da RNPA - Reserva Natural do Paúl de Arzila. No momento do seu ingresso não apresentava lesões e o seu processo de recuperação passou por uma alimentação adequada, pelo contacto com animais da mesma espécie de forma a adquirir comportamentos específicos da espécie. Também realizou treinos de voo e caça.


Este animal foi devolvido à natureza perto do local onde foi encontrado, e neste momento estiveram presentes cerca de 15 pessoas entre as quais a pessoa que encontrou o animal e particulares. Esta coruja-das-torres foi baptizada de ‘Potter’.




21:30h - Devolução à natureza de uma coruja-das-torres (Tyto alba)
Freguesia de Barcouço, Mealhada

Esta ave caiu do ninho e foi encontrada por um particular no pátio da casa do mesmo, que a entregou na sede do ICNB da RNPA - Reserva Natural do Paúl de Arzila e foi encaminhada para o CERVAS por intermédio dos Vigilantes da Natureza do RNPA. No momento do seu ingresso não apresentava lesões, pelo que a sua recuperação demonstrou-se fácil, tendo sido essencial a diminuição ao mínimo indispensável da sua manipulação, de forma a evitar a domesticação. Foi-lhe fornecida uma alimentação adequada e esteve em contacto com animais da mesma espécie. Também realizou treinos de voo e caça.


No momento de devolução à natureza desta coruja-das-torres estiveram presentes cerca de 18 pessoas, entre as quais se encontrava a senhora que encontrou o animal. O momento foi de grande interesse, admiração e entusiasmo e a ave foi baptizada de ‘Bem Aventurada’.


22:30h - Devolução à natureza de uma coruja-das-torres (Tyto alba)
Freguesia de Arcos, Anadia

Esta ave terá sido vítima de predação por um cão e foi encontrada por um particular dentro de uma garagem. Foi recolhida pelo SEPNA-GNR de Anadia e encaminhada para o CERVAS por intermédio dos Vigilantes da Natureza do RNPA - Reserva Natural do Paúl de Arzila. No momento do seu ingresso não apresentava qualquer lesão, mas apresentava-se muito apática e ligeiramente debilitada, pelo que o seu processo de recuperação passou pela administração de fluídos numa fase inicial e por uma alimentação adequada. Posteriormente esteve em contacto com animais da mesma espécie e realizou treinos de voo e de caça.


A devolução à natureza deste animal decorreu num local adequado para a presença desta espécie. Estiveram presentes a assistir a este momento a Sra. Vereadora do Ambiente da Câmara Municipal de Anadia, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Arcos, representantes do Agrupamento de Escuteiros de Anadia e particulares, num total de 15 pessoas. A ave foi baptizada de ‘221’ em honra do Agrupamento de Escuteiros de Anadia.