Monitorizações das caixas-ninho 2011

Praticamente no final da época reprodutora de 2011, o Projecto BARN do CERVAS/ALDEIA apresenta os resultados obtidos após finalizar a monitorização das caixas-ninho para aves de rapina nocturnas colocadas em Gouveia. Estas caixas foram colocadas entre 2009 e 2010 com o objectivo de potenciar a nidificação de coruja-das-torres (Tyto alba), mocho-galego (Athene noctua) e mocho-d’orelhas (Otus scops).

Pelo segundo ano consecutivo, a caixa-ninho colocada na quinta do Convento de S. Francisco, S. Julião foi ocupada por um casal de corujas-das-torres, tendo sido colocados 6 ovos em finais de Março. Apenas 5 crias nasceram em finais de Abril, tendo estas sido mais tarde anilhadas (com devida autorização), encontrando-se todas em excelente condição física
aquando da monitorização.


Este ano foi também ocupada uma das caixas-ninho para mocho-d’orelhas colocadas no Parque da Sra. dos Verdes, Cativelos. Apesar de no momento em que foi realizada a monitorização a caixa já se encontrar sem crias, é possível afirmar que esta foi ocupada nesta época reprodutora, uma vez que o fundo da caixa se encontrava com material vegetal bem calcado, contendo também algumas egagrópilas regurgitadas por mocho-d’orelhas e fezes.



Para além das caixas-ninho, o CERVAS monitorizou também um ninho de coruja-das-torres na chaminé da casa de um particular em Aldeias, após ter sido contactado pela Junta de Freguesia e proprietário da casa. O objectivo inicial da visita dos técnicos do CERVAS passava por perceber se o ninho das corujas estaria num local seguro, uma vez que este foi o primeiro ano que esta espécie escolheu esse mesmo local para nidificar, encontrando-se os proprietários da casa preocupados com o bem-estar das aves. Foram então contabilizadas o número de crias presentes no ninho, tendo-se realizando um completo exame físico e anilhado cada uma das crias. Estima-se que as 4 crias tivessem entre 4 a 6 semanas, e depois de se confirmar que tudo se encontrava bem com as mesmas, foram novamente colocadas no ninho, ou seja, na câmara que circunda parte do canal da chaminé (ver foto abaixo). Antes disto, foi tapada a saída do canal da chaminé de modo a evitar que as mesmas caíssem para dentro de casa quando começassem a treinar os primeiros voos.


Além das já referidas, mais nenhuma das caixas-ninho se encontrava ocupada pelas espécies para as quais foram colocadas, embora algumas delas apresentavam sinais de tentativa de nidificação ou mesmo nidificação por outras espécies de aves (p.e. melro-preto Turdus merula) ou mamíferos (p.e. esquilo-vermelho Sciurus vulgaris).


Uma vez mais agradecemos a todos o apoio na monitorização dos ninhos, entre Juntas de Freguesia, B. V. de Vila Nova de Tazem, ABPG/Sra. dos Verdes e proprietários dos locais onde se encontram os ninhos/caixas-ninho.

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