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A mostrar mensagens de maio, 2011

Espécie do mês de Maio: Chapim-real

O chapim-real – Parus major, Linnaeus 1758 – é facilmente reconhecido pela máscara facial típica da família Paridae: tem colar e coroa pretos, faces brancas e uma lista preta da garganta até ao abdómen, característica que nos permite distinguir macho de fêmea, sendo a do macho mais larga. O seu dorso é cinzento-esverdeado, com as asas azuladas, e o peito amarelo (1). O chapim-real é o maior dentro da família Paridae, medindo entre 13,5 – 15,0 cm. Os juvenis são semelhantes às fêmeas, podendo a risca preta do peito ser mais fina ou até mesmo descontínua (2).

É uma das aves florestais mais amplamente distribuída no nosso país, sendo menos comum nas zonas de maior altitude, especialmente acima dos 1000m de altitude. Espécie essencialmente arborícola, o chapim-real ocupa vários tipos de habitats: bosques de folhosas, montados de sobro e azinho, soutos, carvalhais, matas de resinosas, matas ribeirinhas, olivais, pomares, etc. (3).


Sendo uma espécie florestal e particularmente vocal, é mais facilmente detectada pelo seu canto do que visualmente (1, 3). Emite diversos sons ao longo de todo o ano e o seu reportório é tão variado que muitos dos nomes vernáculos portugueses para esta espécie são onomatopaicos. Os machos começam a cantar em finais de Setembro e podem ouvir-se em todo o seu esplendor desde Janeiro até meados de Junho (3), podendo os machos cantar até 8 melodias diferentes. Quanto maior o número de melodias e a sua complexidade, maior será o sucesso do macho na defesa do seu território (4).

Em Portugal, a população de chapim-real é considerada residente comum, mesmo em zonas serranas como a Peneda-Gerês. Existe também o registo de recaptura de aves anilhadas no Norte da Europa, e também, dentro do nosso país, já foram registados movimentos importantes desta espécie (3).


Alimenta-se de uma grande variedade de insectos, nomeadamente lepidópteros, coleópteros e aranhas, e de frutos e sementes no inverno (3). Depois de recolher o alimento, o chapim-real segura-o nas suas patas enquanto o come, uma característica desta família, podendo também ser observado de cabeça para baixo ou de lado enquanto se alimenta.

O chapim-real é uma espécie monógama (embora possam ocorrer copulações extra-conjugais) e os territórios que estabelece nos finais de Janeiro, para a época de nidificação, são defendidos a partir do final do Inverno ou início da Primavera (5) e são geralmente reocupados no ano seguinte (6).

Na época de nidificação, ocupa geralmente cavidades de árvores, mas também ocupa facilmente caixas-ninho. A sequência de eventos desde a colocação de material na cavidade do ninho até à primeira postura varia consoante a zona do país, mas regra geral, o chapim-real realiza a primeira postura durante o mês de Abril, embora existam registos de posturas realizadas em inícios de Março e Maio. Caso a primeira postura seja feita cedo, existe a possibilidade de se dar uma segunda postura, posturas essas que podem ser de 3 a 9 ovos (3).

Caixa-ninho CERVAS C27/10/PA

A incubação dos ovos fica a cargo da fêmea, que é alimentada pelo macho durante esses 12 a 15 dias. A eclosão está normalmente associada ao pico de abundância de alimento e, consoante as condições ambientais, pode ser manipulada, atrasando o início da incubação ou fazendo pausas durante a incubação (7). Às suas crias, o casal de chapim-real fornece aranhas nos primeiros dias depois da eclosão e, depois, nos dias que se seguem, alimento que se encontre disponível para os requisitos nutricionais das crias: por exemplo, alimenta as suas crias com lepidópteros quando estes se encontram na fase larvar do seu ciclo de vida (8).

Caixa-ninho CERVAS C27/10/PA

As crias são alimentadas pelos pais no ninho durante 16 a 22 dias após a eclosão. Depois do fledging, continuam a ser alimentadas pelos pais por mais 8 dias e, em alguns casos, mesmo depois de se tornarem independentes (7).

Caixa-ninho CERVAS C27/10/PA (16-05-2011)

Ao longo dos anos as aves têm sofrido uma grande pressão devido ao desenvolvimento e expansão humana, o que leva a uma fragmentação dos seus habitats e consequente diminuição e mesmo destruição de locais de nidificação, sendo esta uma das causas para a diminuição das populações de algumas espécies de aves. Esta diminuição não só é obviamente negativa para as espécies em causa como também para nós, pois muitas destas espécies são uma grande ajuda no combate de algumas pragas, como p.e. insectos e roedores.

Caixa-ninho CERVAS C27/10/A (16-05-2011)

Uma das formas de apoiar a conservação destas espécies poderá passar pela colocação de caixas-ninho, potenciando assim a sua reprodução. As caixas-ninho funcionam como ninhos artificiais que podem ser colocadas no exterior, sendo facilmente feitas em casa, e que são cada vez mais importantes no que toca à conservação de espécies de aves.

Para a construção das caixas-ninho deve utilizar-se um material resistente e duradouro, como a madeira, o material mais usado para este efeito. Deve ter uma abertura (buraco ou janela) na parte mais alta da caixa, um tecto à prova de água, que deve ser maior do que a caixa para proteger a entrada da chuva e da luz directa do sol, e um meio de fácil acesso quando for necessário limpar (9).

Aqui fica um quadro com as dimensões da caixa, consoante a espécie, que poderá utilizar para construir uma caixa ninho e colocar no seu jardim.


Esquema para a construção de uma caixa-ninho para passeriformes.
Fonte: Blog BiodiverCidades, disponível em: http://naturezaartehumana.blogspot.com/2010/09/caixas-ninho-para-aves.html

Uma das caixas-ninho colocadas no CERVAS em Julho de 2010 foi este ano ocupada por um casal de chapim-real. O casal criou 7 crias e todas elas saíram com sucesso do ninho no passado dia 17 de Maio. A equipa do CERVAS assistiu e registou o primeiro voo destas crias.

(1) Aves de Portugal: chapim-real, acedido em http://www.avesdeportugal.info/parmaj.html , a 21/05/2011;
(2) Svensson, L., Grant, P. J., Mullarney, K. & Zetterstöm. 1999. Collins Bird Guide: The Most Complete Guide to the Birds of Britain and Europe. HarperCollins Publishers Ltd. Londres. 2nd edition, 2009. Pp. 448.
(3) Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R. 2010. Aves de Portugal: Ornitologia do Território Continental. Assírio & Alvim, Lisboa. ISBN: 978-972-37-1494-4.
(4) Krebs, J.R., Ashcroft, R. and Webber, M. 1978. Song repertoires and territory defence in the great tit. Nature, 271, 539–542. In Kaplan, G. & Rogers, L. Birds: theis habits and skills. Allen & Unwin. 2001.
(5) Krebs, John R. 1971. Territory and breeding density in the Great Tit, Parus major L.
(6) Harvey, Paul H.; Greenwood, Paul J. & Christopher M. Perrins. 1979. Breeding area fidelity of Great Tits (Parus major). Journal of Animal Ecology 48 (1): 305–313. Acedido em: http://jstor.org/stable/4115 , a 23/05/2011
(7) Gosler, A., Clement, P. 2007. Family Paridae (Tits and Chickadees). In del Hoyo, J., Elliott, A., Christie, D. Handbook of the Birds of the World. Volume 12: Picathartes to Tits and Chickadees. Barcelona: Lynx Edicions. pp. 662–709. ISBN 9788496553422.
(8) Royoma, T. 1970. Factors governing the hunting behaviour and selection of food by the Great Tit (Parus major L.). Journal of Animal Ecology 39 (3): 619–668. Acedido em: http://jstor.org/stable/2858 , a 23-05-2011.
(9) Aves virtual: ninhos artificiais, acedido em http://www1.ci.uc.pt/aves/pninhos.htm , a 23/05/11 (10) Blog BiodiverCidades (Cultivar Ideias), acedido em: http://naturezaartehumana.blogspot.com/2010/09/caixas-ninho-para-aves.html , a 23/05/11 Ecology 52 (1): 3–22.

Festival de angariação de fundos para o CERAS - Castelo Branco

Apoie esta iniciativa de angariação de fundos para o CERAS - Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens - projecto do núcleo regional de Castelo Branco da Quercus, que tem como principal objectivo recuperar animais selvagens debilitados e devolvê-los ao meio natural.

25 de Maio de 2011: CERVAS presente nas comemorações do Dia Eco-Escolas no Fundão


No passado dia 25 de Maio, quarta-feira, a equipa do CERVAS deslocou-se à Escola EB 2/3 João Franco, do Fundão - Castelo Branco, para dinamizar actividades no âmbito das comemorações do Dia Eco-Escolas. Durante toda a manhã várias turmas do 5º ao 9º ano passaram pelos vários stands, que estavam à disposição para visita. Algumas das entidades presentes, além do CERVAS, foram o SEPNA-GNR - Serviço de Protecção Natureza e Ambiente, Quercus, Centro de Saúde do Fundão, Eco-Escolas, Bombeiros Voluntários do Fundão entre outras. Durante toda a manhã foram dinamizadas diferentes actividades, resultando numa manhã bastante animada e pedagógica para estes alunos.



O CERVAS, com recurso ao Kit de Educação Ambiental, falou com as crianças sobre o trabalho desenvolvido num centro de recuperação de fauna selvagem, e do trabalho neste centro em concreto , alertando-os para as principais causas de ingresso (cativeiro ilegal, envenenamento e abate ilegal, atropelamento, electrocussão, colisões, entre outras) e ensinou como deveriam proceder caso encontrassem um animal selvagem ferido. Além disso, com recurso ao diferente material de origem biológica (crânios, penas, patas, egagrópilas, etc.) que compõe o Kit, foi possível dar a conhecer algumas espécies da fauna selvagem autóctone, bem como características e adaptações desses animais que lhes permite ocupar diferentes habitats e nichos ecológicos.



Durante a manhã terão sido envolvidas cerca de 300 crianças nestas actividades. O CERVAS agradece desde já à organização do evento e à EB 2/3 João Franco, o convite para dinamizar esta acção de sensibilização ambiental.

CERVAS na VII ExpoSocial - Seia


No passado dia 21 de Maio, Sábado, o CERVAS esteve presente na VII ExpoSocial - 'A inovação social: empreender para desenvolver' que teve lugar em Seia, Guarda. Esta Mostra de Serviços de Apoio Social e Potencialidades do Concelho de Seia teve um programa de 17 a 21 de Maio que passou pelo debate de vários temas da actualidade, entre eles o seminário "Cidadania e Voluntariado" integrado no Ano Europeu do Voluntariado, onde o CERVAS foi demonstrar a importância do voluntariado para o bom funcionamento deste centro.

O CERVAS agradece o todos os voluntários que já passaram por esta estrutura.
Um grande bem-haja.

14 de Maio de 2011: Devolução à natureza de uma águia-cobreira

14 de Maio de 2011, Sábado
11:30h - Devolução à natureza de uma águia-cobreira (Circaetus gallicus)
Clube de Caça e Pesca de Folgosinho, Gouveia


No passado dia 14 de Maio teve lugar o 3º Encontro de Veículos Clássicos de Gouveia - Serra da Estrela. Este evento organizado pela AssociaSão Julião - Serra a Fundo juntou cerca de 130 participantes distribuídos por aproximadamente 7 dezenas de carros clássicos e contou com a colaboração do CERVAS para a dinamização de algumas actividades. Esta devolução à natureza de uma águia-cobreira foi integrada no programa de actividades do evento, e foi uma surpresa para os participantes.


Para introduzir a libertação os técnicos do CERVAS fizeram uma pequena apresentação sobre o trabalho realizado neste centro no âmbito da recuperação de fauna selvagem, abordando também a ecologia e biologia da águia-cobreira e o processo de recuperação deste animal em específico.


Esta ave foi encontrada por um Vigilante da Natureza em Portalegre no Parque Natural da Serra de S. Mamede e encaminhada para o CERVAS pela mesma pessoa. No momento do seu ingresso apresentava sinais de grande debilidade/desnutrição, não apresentando qualquer lesão. A sua recuperação passou por uma alimentação adequada para recuperar a boa condição física, e em treinos de voo e caça.


Esta é uma espécie migratória e ingressou no CERVAS em 2010 já na época de migração de Outono, pelo que teve que aguardar em recuperação nas instalações do centro até à Primavera, altura em que já se encontram em Portugal outros indivíduos da mesma espécie e existe uma maior disponibilidade alimentar. A sua devolução à natureza decorreu num local que reúne as condições necessárias para a ecologia da espécie.


No momento de devolução à natureza desta ave estiveram presentes cerca de 150 pessoas, entre as quais a organização e os participantes do evento, alguns particulares, o Srº Presidente da Junta de Folgosinho, entre outros. Os participante baptizaram a ave de "Serr'aFundo" como forma simbólica de agradecimento pela boa organização deste evento.




No final do dia os participantes do evento ainda tiveram a oportunidade de fazer uma visita às instalações do CERVAS, onde puderam perceber a finalidade das diferentes estruturas de recuperação lá existentes. Os técnicos do CERVAS ainda fizeram uma pequena demonstração do Kit de Educação Ambiental, recorrendo a crânios, penas e outro material biológico para falar de algumas características destes animais selvagens, que tanto deslumbram o Homem.

Desde já deixamos um agradecimento à organização do evento que durante a actividade tirou uma foto do grupo que foi impressa no sentido de vender aos participantes por uma quantia simbólica, e em que parte do dinheiro reverteu para o CERVAS.

A águia-cobreira (Circaetus gallicus) já foi espécie do mês de Abril de 2010.
Fique a conhecer melhor esta espécie
aqui.

O CERVAS recebe alunos do Jardim de Infância de Gouveia

Na 6ª feira, dia 13, o Jardim de Infância de Gouveia veio visitar o CERVAS. Foram vinte e oito meninos que já sabiam o que são animais selvagens e o que fazer quando vemos um animal selvagem ferido, pois, no âmbito do estágio curricular Compreender e Abraçar a Natureza, o CERVAS já tinha visitado a sua escola e brincado com eles em redor desses assuntos.

Com esta visita, os alunos tiveram a oportunidade de enriquecer o seu conhecimento acerca dos temas já abordados e de compreender melhor todo o trabalho desenvolvido nos centros de recuperação, incluindo os procedimentos de recuperação dos animais que ingressam.


Foi uma visita agradável e satisfatória, pois foi notório que os alunos aprenderam o que já lhes tinha sido transmitido anteriormente, sendo eles próprios a explicar alguns dos passos da recuperação dos animais.

Damos os nossos parabéns aos meninos que mostraram saber a lição e obrigada pela visita!

13 de Maio de 2011: Devolução à natureza de um morcego-anão

13 de Maio de 2011, Sexta-feira
20.30h - Devolução à natureza de um morcego-anão (Pipistrellus pipistrellus)
Escola Secundária de Gouveia


No passado dia 13 de Maio o CERVAS devolveu à natureza um morcego-anão que foi encontrado no pavilhão desportivo da Escola Secundária de Gouveia. No momento do seu ingresso o animal encontrava-se debilitado e desnutrido. Após uma alimentação adequada, o morcego recuperou forças e foi logo devolvido à natureza, já que este é um animal que apresenta alguma dificuldade na sua manipulação e em se manter vivo em cativeiro. A libertação foi um sucesso, já que foi realizada num local onde se podiam ver vários morcegos desta espécie a caçar, e este juntou-se logo a eles.
O morcego foi baptizado de 'anão'.


Blog: Compreender e Abraçar a Natureza

No âmbito do estágio curricular Compreender e Abraçar a Natureza, já anteriormente aqui citado, foi criado um novo blog.

Este blog dedica-se à descrição das actividades desenvolvidas pelo CERVAS no contexto do estágio. Consiste num espaço interactivo onde é exposto o trabalho feito com as Escolas Básicas do 1º ciclo e Jardins de Infância do Agrupamento de Escolas de Gouveia que fazem parte do Projecto Eco-Escolas. Aí, pode também encontrar-se os trabalhos, relacionados com os temas abordados, feitos pelos alunos e as perguntas chave discutidas nas visitas.

É um blog divertido através do qual se pode acompanhar todo o trabalho desenvolvido com as escolas e se regista o feedback dos alunos.

Fica aqui o convite a todos os leitores para visitarem este novo blog:


09 de Maio de 2011: Acção de Sensibilização Ambiental - Limpeza da Torre, Serra da Estrela


Na passada segunda-feira, dia 9 de Maio e 'Dia da Europa', teve lugar na Torre - Serra da Estrela, uma acção de sensibilização ambiental que consistiu numa simbólica recolha de lixos tornada visível pelo degelo (papéis, plásticos, latas, garrafas, etc.) e com a participação de alunos de agrupamentos de Escolas de Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia.


A equipa do CERVAS esteve presente nesta acção, que apesar de simbólica, contribuiu bastante para dar um aspecto mais limpo à Torre, local que devido à pressão turística, todos os anos e após época do turismo de neve se apresenta poluído com elementos que não pertencem ao património natural que ali se pode encontrar, mais concretamente lixo.


Meta o Lixo no Lixo!!!

Brevemente na Mata Nacional do Buçaco






Curso: Introdução à Identificação Microscópica de Cogumelos Silvestres

Gouveia
28 e 29 de Maio


Para dar continuidade à tradição das actividades micológicas, a Associação Aldeia, decidiu organizar mais um workshop relacionado com os cogumelos silvestres. Desta vez irá decorrer em Gouveia o Curso de Introdução à Identificação Microscópica de Cogumelos Silvestres.

Os cogumelos fazem parte de grupo bastante grande e diversificado pelo que nem sempre as suas características macroscópicas e ecológicas são diagnosticantes para uma identificação segura.

De moldes bastante diferentes dos habituais cursos de micologia, este curso terá como objectivo dotar os participantes de conhecimentos e técnicas que permitam complementar os métodos de identificação macroscópica.



Preços:
Até 22 de Maio:
· Sócios da ALDEIA: 50€;
· Não Sócios: 60€

Após 22 de Maio:
· Sócios da ALDEIA: 60€;
· Não Sócios : 70€;

Contactos:
CERVAS
Correio electrónico: cervas.pnse@gmail.com
Tel.: 962714492



Mais INFORMAÇÕES e INSCRIÇÕES em www.aldeia.org

O Projecto BARN, CERVAS e ALDEIA na 6.ª Edição do "Sons & Ruralidades"

A ALDEIA, CERVAS e Projecto BARN estiveram presentes na 6.ª Edição “Sons & Ruralidades”, Festival de Ecologia, Artes e Tradições Populares, organizado pela AEPGA (Associação para o Estudo e Protecção do gado Asinino). Este festival realizou-se em Vimioso entre os dias 29 de Abril a 1 de Maio de 2011. Para além de estarem representados na Feira de Mostra de Ambiente e Desenvolvimento Rural, na barraquinha da ALDEIA, o CERVAS e Projecto BARN levaram a cabo uma actividade de sensibilização ambiental e uma oficina integrada nas Actividades da Feira.


A actividade de sensibilização ambiental realizou-se na Sexta-feira, 29 de Abril, com os alunos da E.B. 2, 3 de Vimioso. Esta acção, realizada na própria escola, tinha como objectivo dar a conhecer algumas espécies de aves de rapinas comuns do Nordeste Transmontano, bem como adaptações das aves ao tipo de habitat e alimento. Foi também feita uma breve referência ao trabalho realizado pelos centros de recuperação, principais causas de ingresso no CERVAS e o que fazer no caso de encontrarem uma animal selvagem ferido.


A oficina integrada nas Actividades da Feira foi realizada no Sábado, 30 de Abril, no Pavilhão Multiusos de Vimioso, tendo sido abordado temas semelhantes à actividade do dia anterior, mas adaptada ao público presente, maioritariamente adulto. Para além desta oficina, a ALDEIA realizou uma outra oficina dedicada às plantas aromáticas e medicinais, sendo também abordados alguns exemplos de etnobotânica.

O Projecto BARN na Escola Secundária de Rocha Peixoto

Na passada terça-feira, dia 26 de Abril de 2011, o Projecto BARN do CERVAS/ALDEIA realizou uma palestra na Escola Secundária de Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim. Esta actividade foi realizada a convite do grupo “UPPA” (Unidos na Protecção e Preservação das Aves de Rapina) e contou com a presença de cerca de 60 participantes, entre alunos e professores.


O grupo “UPPA” nasceu no âmbito da disciplina de Área de Projecto. Este grupo, composto por cinco alunos do 12º ano da Escola Secundária Rocha Peixoto, escolheu como tema de projecto a desenvolver, a conservação das aves de rapina, não só pelo fascínio por este grupo de aves como pela preocupação como mesmo. o “UPPA” tem como principal objectivo a sensibilização da sociedade por meio da comunidade escolar para protecção e preservação destas aves, tendo para isso realizado várias acções de sensibilização, como visitas de estudo e palestras, como a realizada pelo Projecto BARN.


A acção realizada pelo Projecto BARN iniciou-se com a apresentação do “UPPA” seguindo-se a apresentação do BARN e do CERVAS/ALDEIA. Posteriormente foram abordadas características gerais das aves de rapina e aprofundado o grupo dos Strigiformes (aves de rapinas nocturnas), dando a conhecer este grupo de aves, mostrando características adaptativas destas aves aos hábitos nocturnos. Finalmente foram dadas a conhecer aos participantes nesta acção as 7 espécies de aves de rapina nocturnas que ocorrem em Portugal.