Espécie do mês de Agosto: Mocho-galego
O mocho-galego (Athene noctua) é uma ave de rapina nocturna (Strigiforme) de pequeno porte (21-23 cm; envergadura 54-58 cm; 140-200 g) e compacta, com plumagem de cor variável acastanhada com manchas brancas. O disco facial é mais marcado nos indivíduos mais escuros o que, em conjunto com a cor dos olhos amarela e as listas supraciliares brancas que sobressaem no disco facial, lhe conferem uma expressão severa.
Distribui-se pela Eurásia e norte de África, encontrando-se ausente na Escandinávia, Islândia e algumas regiões do Reino Unido, Europa Central e Rússia. Em Portugal encontra-se por todo o território continental, mais comummente na metade sul. Esta espécie é mais frequentemente encontrada em habitats antropogénicos, ocupando diferentes tipologias de habitats, denotando-se a sua plasticidade. Frequentemente, o seu habitat inclui uma grande variedade de campos agrícolas com muros e montes de pedras, plantações de cereais, olivais, vinhas, hortas, sistemas agro-florestais, evitando zonas demasiado húmidas, florestas densas e habitats de alta montanha. Independentemente do tipo de habitat, uma das condições para este ser óptimo é ter alimento suficiente para o casal e descendência, sendo a dieta do Mocho-galego constituída essencialmente por micromamíferos, pequenas aves, répteis, anfíbios, escaravelhos (Coleoptera), gafanhotos (Orthoptera), Dermaptera e minhocas (Lumbricidae).
Apesar desta espécie poder ser observada com relativa facilidade durante o dia (no cimo de chaminés, casas abandonadas e nos postes e linhas tanto dos telefones como eléctricas), o mocho-galego é essencialmente nocturno, caçando desde o ocaso até cerca de 2 horas antes do nascer do sol. Quando disponíveis, o mocho-galego prefere nidificar em cavidades de árvores e em fendas em troncos ou ramos, sendo que na falta destas, ocupa construções humanas como edifícios agrícolas, celeiros, muros de pedra, casas em ruínas, caixas-ninho, bem como montes de pedra e tocas de coelho. O território é defendido durante todo ano, tornando-se esta defesa mais agressiva durante a época reprodutora que se inicia em finais de Janeiro e Fevereiro e poderá ir até finais de Junho. A incubação de 4 ovos, em média, é realizada pela fêmea durante cerca de 27 dias, sendo as crias avistadas fora do ninho a partir dos 21 dias de idade, apesar de só voarem bem com cerca de 40 dias, abandonando o território dos progenitores a partir do início de Setembro até Novembro.
Na Europa, possui um estatuto de conservação Desfavorável (SPEC3) devido ao declínio moderado que as populações desta espécie têm sofrido ao longo das últimas décadas, apesar disso continua a ser considerada a espécie de Strigiforme mais abundante em Portugal. Os principais factores de ameaça são de origem antropológica, como o abandono da agricultura tradicional, colisão com veículos, envenenamento por pesticidas, bem como a redução de presas devido ao uso do mesmo, caça ilegal e pilhagem, diminuição de locais óptimos de nidificação, quedas de ninho e a predação por martas (Martes sp.) e outras aves de rapina, como o bufo-real (Bubo bubo) e a coruja-do-mato (Strix aluco), sendo o seu estatuto de conservação em Portugal considerado Pouco Preocupante pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
No âmbito do Projecto BARN, em 2008/2009 foi realizado um estudo com o objectivo de detectar locais de presença e de nidificação de aves de rapina nocturnas no concelho de Gouveia, tendo sido o mocho-galego uma das espécies alvo deste estudo. Esta espécie distribui-se pela área de estudo de uma forma mais ou menos regular, tendo sido a espécie mais detectada (69 territórios), estimando-se a existência de 225 casais.
Distribui-se pela Eurásia e norte de África, encontrando-se ausente na Escandinávia, Islândia e algumas regiões do Reino Unido, Europa Central e Rússia. Em Portugal encontra-se por todo o território continental, mais comummente na metade sul. Esta espécie é mais frequentemente encontrada em habitats antropogénicos, ocupando diferentes tipologias de habitats, denotando-se a sua plasticidade. Frequentemente, o seu habitat inclui uma grande variedade de campos agrícolas com muros e montes de pedras, plantações de cereais, olivais, vinhas, hortas, sistemas agro-florestais, evitando zonas demasiado húmidas, florestas densas e habitats de alta montanha. Independentemente do tipo de habitat, uma das condições para este ser óptimo é ter alimento suficiente para o casal e descendência, sendo a dieta do Mocho-galego constituída essencialmente por micromamíferos, pequenas aves, répteis, anfíbios, escaravelhos (Coleoptera), gafanhotos (Orthoptera), Dermaptera e minhocas (Lumbricidae).
Apesar desta espécie poder ser observada com relativa facilidade durante o dia (no cimo de chaminés, casas abandonadas e nos postes e linhas tanto dos telefones como eléctricas), o mocho-galego é essencialmente nocturno, caçando desde o ocaso até cerca de 2 horas antes do nascer do sol. Quando disponíveis, o mocho-galego prefere nidificar em cavidades de árvores e em fendas em troncos ou ramos, sendo que na falta destas, ocupa construções humanas como edifícios agrícolas, celeiros, muros de pedra, casas em ruínas, caixas-ninho, bem como montes de pedra e tocas de coelho. O território é defendido durante todo ano, tornando-se esta defesa mais agressiva durante a época reprodutora que se inicia em finais de Janeiro e Fevereiro e poderá ir até finais de Junho. A incubação de 4 ovos, em média, é realizada pela fêmea durante cerca de 27 dias, sendo as crias avistadas fora do ninho a partir dos 21 dias de idade, apesar de só voarem bem com cerca de 40 dias, abandonando o território dos progenitores a partir do início de Setembro até Novembro.
Na Europa, possui um estatuto de conservação Desfavorável (SPEC3) devido ao declínio moderado que as populações desta espécie têm sofrido ao longo das últimas décadas, apesar disso continua a ser considerada a espécie de Strigiforme mais abundante em Portugal. Os principais factores de ameaça são de origem antropológica, como o abandono da agricultura tradicional, colisão com veículos, envenenamento por pesticidas, bem como a redução de presas devido ao uso do mesmo, caça ilegal e pilhagem, diminuição de locais óptimos de nidificação, quedas de ninho e a predação por martas (Martes sp.) e outras aves de rapina, como o bufo-real (Bubo bubo) e a coruja-do-mato (Strix aluco), sendo o seu estatuto de conservação em Portugal considerado Pouco Preocupante pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
No âmbito do Projecto BARN, em 2008/2009 foi realizado um estudo com o objectivo de detectar locais de presença e de nidificação de aves de rapina nocturnas no concelho de Gouveia, tendo sido o mocho-galego uma das espécies alvo deste estudo. Esta espécie distribui-se pela área de estudo de uma forma mais ou menos regular, tendo sido a espécie mais detectada (69 territórios), estimando-se a existência de 225 casais.