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A mostrar mensagens de julho, 2013

Angariação de material



Para todas as pessoas que desejam contribuir de alguma forma para a melhoria do trabalho realizado pelo centro, o CERVAS possui uma campanha de angariação de material, activa durante todo o ano!

Material necessário para o CERVAS:

Alimentação:
  • Patê gatos/cães
  • Ração para cães
  • Papa insectívoros/granívoros
  • Bebedouros para animais (mamíferos, aves e roedores)

Material de cozinha:
  • Panos de limpeza 
  • Lixívia
  • Esfregões
  • Esfregonas 
  • Tábuas de talhante
  • Luvas de talhante em malha de aço
  • Facas de talhante
                                      Material de construção:
  • Cola isolante
  • Tinta plástica para exterior-Branca (10L)
  • Material de pintura (pincéis, rolos, etc ...)
  • Madeira diversa (para construção de poleiros e caixas-ninho)
  • Luvas de couro
  • Portas
  • Fechaduras para portas
  • Caixas para massa de cimento
  • Lonas de revestimento
  • Fita adesiva de pintor
Material Clínico:
  • Adesivo comum para fixação de ligaduras
  • Frascos para amostras (Eppendorf, urina, etc..)
  • Luvas de latéx
  • Clorhexidina diluída (limpeza de feridas)
  • Álcool (70%, 96%)
  • Ligaduras elásticas (tipo Vetrap)
  • Pomadas cicatrizantes (Omnimatrix)
Material de escritório:
  • Fichas triplas
  • Tinteiros p/impressora (para apoiar com este item entrar em contacto:919457984)
  • Canetas:
    • acetato
  • Colas Araldite/super-cola 3 
  • Fita-cola 
Outros:
  • Jornais velhos
  • Caixas de papelão (médias e grandes)
  • Rede avícola

Agradecemos a todos os que colaborarem connosco e convidamos a virem entregar o material doado directamente ao CERVAS em Gouveia, (agradecemos contacto prévio), tendo nessa altura a oportunidade de conhecer o CERVAS e todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos. Caso não haja a possibilidade de entrega directa, poderão ser avaliadas outras opções, contacte-nos para cervas.pnse@gmail.com!
Como alternativa à angariação de material, e caso pretenda ajudar o trabalho do CERVAS, pode igualmente apadrinhar um animal selvagem em recuperação, ou adquirir um dos nossos produtos, na lojinha CERVAS.

Devolução à Natureza de 2 águias-d´asa-redonda em Gouveia


Nos dias 25 e 27 de Julho de 2013 foram devolvidas à Natureza duas águias-d´asa-redonda (Buteo buteo) em Gouveia.



Ambas as aves ingressaram no CERVAS após corte da árvore onde estavam no ninho e o encaminhamento para o centro foi feito pelo SEPNA/GNR de Gouveia.



Como as águias chegaram ainda muito jovens ao centro foi necessário mantê-las durante o tempo necessário para o desenvolvimento da plumagem, com posteriores fases de treino e socialização em contacto com outras aves de rapina diurnas.



As devoluções à Natureza foram realizadas com alunos e professores do Agrupamento de Escolas de Satão, no dia 25 à tarde, e com um grupo de escuteiros de Santa Comba Dão no dia 27 pela manhã.




Devolução à Natureza de uma coruja-das-torres em Foz de Arouce


No dia 23 de Julho de 2013 às 21h foi devolvida à Natureza uma coruja-das-torres (Tyto alba) em Ponte Velha, Foz de Arouce, Lousã.


Esta ave tinha sido encontrada ferida na berma de uma estrada após ter sido atropelada, tendo sido de imediato encaminhada pelas pessoas que a encontraram para o polo de recepção de animais selvagens da Reserva Natural do Paul da Arzila na Mata Nacional do Choupal, em Coimbra.


Após ter sido examinada na Escola Universitária Vasco da Gama a coruja foi encaminhada para o CERVAS tendo-se verificado que apresentava sinais de descoordenação motora compatíveis com a situação de trauma violento que tinha sofrido.


Depois do tratamento necessário e posterior período de treino de voo e caça em contacto com outras corujas-das-torres, a devolução à Natureza foi realizada num local muito próximo daquele onde esta ave adulta tinha sido encontrada.


Devolução à Natureza de 2 milhafres-pretos e 2 cegonhas-brancas na Mata Nacional do Choupal


No dia 23 de Julho de 2013 às 18:45 foram devolvidos à Natureza 2 milhafres-pretos (Milvus migrans) e 2 cegonhas-brancas (Ciconia ciconia) na Mata Nacional do Choupal em Coimbra.



As 4 aves tinham sido encontradas quando ainda eram muito jovens, após queda precoce do ninho, e encaminhadas por particulares e equipas do SEPNA/GNR para a Reserva Natural do Paul da Arzila.




No momento do ingresso no CERVAS verificou-se que nenhuma das aves apresentava lesões e apenas seria necessário terminarem o processo de desenvolvimento da plumagem com um posterior período de treino de voo e musculação em contacto com outras aves.





A acção decorreu num local frequentado por uma grande quantidade de aves, principalmente milhafres-pretos, o que facilita a integração imediata dos indivíduos juvenis na população a que pertencem. No caso das cegonhas-brancas, a situação é semelhante porque a espécie é abundante na zona envolvente à Mata Nacional do Choupal.



Devolução à Natureza de 1 águia-d´asa-redonda no Curral do Negro


No dia 19 de Julho de 2013 às 10:30 foi devolvida à Natureza uma águia-d´asa-redonda (Buteo buteo) no Curral do Negro, em Gouveia.


Esta ave tinha sido recolhida na berma da estrada e encaminhada para o CERVAS pelas pessoas que a encontraram através do SEPNA/GNR.


A águia adulta apresentava lesões compatíveis com electrocussão, mas sem a gravidade que é habitual neste tipo de situações, pelo que a recuperação foi rápida, tendo demorado cerca de 1 mês.


Após um breve período de tratamento das feridas a ave passou por uma fase de treino e musculação em contacto com outras aves de rapina diurnas.



A devolução à Natureza decorreu junto ao parque de campismo do Curral do Negro e foi presenciada por crianças e técnicos da Fundação D. Laura dos Santos, de Moimenta da Serra (Gouveia), que tinham realizado uma visita ao CERVAS há pouco tempo, e ainda por algumas pessoas que estavam de visita à Serra da Estrela e que também tiveram a oportunidade de conhecer o centro.




Devolução à Natureza de uma águia-de-asa-redonda no X Aniversário da ALDEIA


No dia 5 de Julho de 2013 foi devolvida à Natureza uma águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) em Vila Chã da Ribeira, Vimioso.



Esta acção decorreu durante o 2º dia de actividades do X Aniversário da Associação ALDEIA que foi celebrado no mesmo local entre 4 e 7 de Julho de 2013.




Do extenso e diversificado programa fizeram parte diversas actividades desde oficinas, saídas de campo e palestras até teatro, concertos e muita animação!















Parabéns ALDEIA!

Espécie do mês de Julho: Pica-pau-malhado

Fotografia Thijs  valkenburg

O Pica-pau-malhado (Dendrocopos major), também conhecido por peto-malhado ou pica-pau-malhado-grande é um dos 3 pica-paus que ocorrem em Portugal.
No dorso o pica-pau-malhado é preto e no ventre é de um tom branco-sujo com vermelho vivo na área cloacal e nas coberturas infracaudais. Apresenta na face, pescoço e escapulares manchas brancas, e possui um bigode preto cuja ponta superior alcança a nuca e a inferior invade o peito. Os machos possuem a coroa preta com uma mancha posterior vermelha,  as fêmeas possuem a coroa toda preta, e nos juvenis esta é toda vermelha. Os flancos não apresentam estrias, ao contrário do seu congénere pica-pau-galego.

O pica-pau-malhado distribui-se por todo o país, estando ausente de vastas áreas pouco florestadas, como é o caso das planícies centrais do Baixo Alentejo. Nas zonas de cota elevada torna-se menos frequente, ocorrendo até aos 1200 metros na serra da Estrela.
É uma espécie que frequenta zonas florestais e agro-florestais bem desenvolvidas, apresentando preferência por montados de sobro ou azinho, pinhais adultos de pinheiro-bravo ou de casquinha, carvalhais e certas matas ripícolas, sendo pouco frequente em zonas de matagal e em povoamentos jovens de coníferas, parecendo ser mais numeroso em matas de folhosas do que em pinhais.

Os ninhos de pica-paus-malhados são normalmente escavados em árvores, embora também possam ser instalados com alguma frequência em postes telefónicos de madeira. A cavidade do ninho apresenta um buraco de entrada com 5 a 6 cm de diâmetro e uma profundidade de 25 a 35 cm. A nidificação foi pouco estudada em Portugal mas na Europa a espécie cria uma ninhada por época reprodutora, sendo a postura composta por 4 a 7 ovos. O período de incubação é de 10 a 13 dias, e as crias voam com uma idade de 20 a 24 dias.

Fotografia CERVAS

O pica-pau-malhado é uma espécie principalmente residente em Portugal. Nas zonas onde foram efectuados atlas ornitológicos que abrangeram a época de nidificação e o período de Inverno, verificou-se que a sua distribuição não se altera substancialmente entre estas duas épocas. Apesar disso esta espécie efectua alguns movimentos após a época de nidificação, sendo por isso observada em locais onde não ocorre durante o resto do ano.

O pica-pau-malhado alimenta-se essencialmente de insectos, mas pode também consumir sementes de árvores, como pinhões, durante o Inverno e incluir ovos e crias de aves durante o Verão.

Fotografia CERVAS

Como curiosidade fica a referência à enorme língua que o grupo dos pica-paus apresenta. Dado o grande tamanho que a língua possui, esta é enrolada sobre o crânio com a ajuda de músculos específicos. Para além dessa adaptação a ponta da língua dos pica-paus possui também uma substância pegajosa que os ajuda a capturar o alimento do interior dos troncos.

Bibliografia:

- Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R. 2010. Aves de Portugal: Ornitologia do Território Continental. Assírio & Alvim, Lisboa. ISBN: 978-972-37-1494-4.
- Bruun B., Svensson H. 2002. Aves de Portugal e Europa. Guias FAPAS. ISNB:972-95951-0-0

Observação de Aves em Folgosinho


No dia 12 de Julho de 2013 o CERVAS dinamizou uma saída de campo para observação de aves em Folgosinho, Gouveia, com crianças que participam no programa "Férias 5 Estrelas Verão 2013" promovido pelo Município de Gouveia.


Esta actividade consituiu um complemento de uma anterior visita ao CERVAS e teve como objectivo principal despertar o interesse das crianças e professores pela observação e identificação de aves selvagens.


O percurso que foi realizado desde o centro de Folgosinho em direcção aos viveiros florestais permitiu observar e escutar diferentes espécies de aves em habitats urbanos, florestais, zonas de matos e campos agrícolas.


Depois de cerca de 90 min de passeio as crianças regressaram a Gouveia e tiveram ainda a oportunidade de assistir à devolução à Natureza de um andorinhão-preto (Apus apus) que tinha estado em recuperação no CERVAS.


Esta acção teve lugar no Mirante do Paixotão, desde onde é possível observar tanto esta espécie como outra muito semelhante, o andorinhão-pálido (Apus pallidus), ambas muito comuns na zona urbana de Gouveia.


A recuperação de andorinhões constitui uma importante parte do trabalho do centro durante esta época do ano e este animal que foi libertado era uma das várias crias que têm sido encontradas por particulares que as têm entregue no CERVAS ou encaminhado através de equipas do SEPNA/GNR e vigilantes da Natureza de áreas protegidas.


Antes da libertação foi possível explicar as principais características físicas e ecológicas desta espécie de ave insectívora que, apesar de ser muito abundante, é muitas vezes ignorada e por isso desconhecida para a maior parte das pessoas.