Workshop de Aves Invernantes da Serra da Estrela, 5ª edição
Nos dias 20 e 21 de Fevereiro de 2016 decorreu a 5ª edição do Workshop de Aves Invernantes da Serra da Estrela.
Tal como em anos anteriores a organização desta actividade foi do Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) e do CERVAS / Associação ALDEIA, e contou com a participação de cerca de 30 pessoas, oriundas de diversas zonas de Portugal e de Itália.
Durante a manhã do 1º dia foram realizados pequenos percursos a pé em zonas agrícolas na Baixa do Rio Seia e no aeródromo de Pinhanços, no concelho de Seia, tendo sido possível observar alguns tordos-zornais (Turdus pilaris), uma das espécies invernantes mais procuradas pelos participantes.
Durante a tarde foram visitados os campos agrícolas de Arcozelo e Rio Torto, no concelho de Gouveia, bem como áreas próximas do rio Mondego, tendo sido possível detectar mais espécies invernantes como os tordos-ruivos (Turdus iliacus), o corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) ou o maçarico-bique-bique (Tringa ochropus).
Ao final da tarde, nas instalações do CISE, em Seia, foram apresentadas diversas comunicações orais sobre as aves invernantes e locais de interesse para a sua observação na Serra da Estrela e também sobre as migrações das aves e algumas das suas adaptações ao frio.
No dia seguinte, bem cedo, e já em Gouveia nas instalações do CERVAS, foi realizada uma breve sessão de introdução à anilhagem científica de aves, ao mesmo tempo que se iam observando mais aves.
No final da sessão os participantes tiveram ainda a oportunidade para realizar uma breve visita ao CERVAS e devolveram à Natureza um milhafre-real (Milvus milvus), uma espécie que na região é maioritariamente invernante.
De seguida, após uma breve passagem pela Ribeira de Gouveia para observação de melro-d´água (Cinclus cinclus), o evento continuou no Vale do Rossim, onde foi possível observar lugres (Carduelis spinus), mais uma espécie invernante.
Durante a tarde a actividade continuou do outro lado da Serra, na zona baixa da Covilhã, onde foi possível continuar a aumentar a lista de espécies observadas, sendo de destacar os abibes (Vanellus vanellus) e as narcejas (Gallinago gallinago).
Finalmente, na Torre, o evento terminou com excelentes oportunidades de observação e fotografia de escrevedeiras-das-neves (Plectrophenax nivalis) e ferreirinhas-alpinas (Prunella collaris), duas das espécies "obrigatórias", para quem procura a avifauna invernante da Serra da Estrela.
No total foi possível registar 73 espécies de aves durante o evento, uma quantidade bastante boa para esta época do ano, tendo sido percorridos e divulgados aos participantes alguns dos melhores locais para observação de aves na região.