Espécie do mês de Agosto: Cuco-canoro
O cuco-canoro (Cuculus canorus) é uma ave difícil de observar na natureza mas o seu canto é bastante conhecido e identificativo da espécie. É uma ave migratória, sendo estival no nosso território, e anuncia o inicio da Primavera com o seu canto, sendo possível observar e ouvir esta espécie a partir de meados de Março até princípios de Julho (2).
O cuco-canoro possui uma forma e dimensão algo semelhante ao gavião, apresentando cabeça e pescoço cinzentos e uma orla amarela nos olhos bastante evidente, abdómen e peito brancos com barras escuras transversais e dorso cinzento. Os juvenis, e algumas fêmeas desta espécie, apresentam por vezes uma plumagem mais arruivada, mas com o mesmo padrão dos adultos. Esta plumagem é uma excelente camuflagem em ambientes florestais onde muitas vezes se encontram e nidificam (1), escolhendo também áreas bastante abertas com um uso agrícola mais intensivo e ainda matos em confluência com bosques, evitando zonas de altitude, urbanizadas e matos densos de pinhal e eucaliptal (1),(2). Por serem tão versáteis na escolha do habitat (2) encontram-se bem distribuídos pelo território continental, principalmente na Beira Alta e Trás-os-Montes (2).
O cuco-canoro possui uma forma e dimensão algo semelhante ao gavião, apresentando cabeça e pescoço cinzentos e uma orla amarela nos olhos bastante evidente, abdómen e peito brancos com barras escuras transversais e dorso cinzento. Os juvenis, e algumas fêmeas desta espécie, apresentam por vezes uma plumagem mais arruivada, mas com o mesmo padrão dos adultos. Esta plumagem é uma excelente camuflagem em ambientes florestais onde muitas vezes se encontram e nidificam (1), escolhendo também áreas bastante abertas com um uso agrícola mais intensivo e ainda matos em confluência com bosques, evitando zonas de altitude, urbanizadas e matos densos de pinhal e eucaliptal (1),(2). Por serem tão versáteis na escolha do habitat (2) encontram-se bem distribuídos pelo território continental, principalmente na Beira Alta e Trás-os-Montes (2).
O cuco-canoro possui a particularidade de ser parasita, colocando os seus ovos nos ninhos de outras aves de espécies diferentes, principalmente em ninhos de passeriformes insectívoros. Realizada a postura deixa a cargo a alimentação das crias aos hospedeiros, não se preocupando mais com o destino dos ovos (2). Cada fêmea de cuco pode pôr até 25 ovos (média de 9), um por cada ninho parasitado, tendo tendência em especializar-se num único hospedeiro. A fêmea de cuco remove ou engole um ovo do hospedeiro por cada ovo colocado no ninho (2). A incubação dos ovos dura somente 12 dias e a cria de cuco eclode primeiro que os ovos da espécie da ave parasitada, expulsando-os do ninho. A capacidade de voo das crias de cuco-canoro depende do hospedeiro, variando entre 12 e 6 semanas (2).
O cuco-canoro alimenta-se sobretudo de insectos (principalmente lagartas da ordem lepidoptera), que outras espécies de aves normalmente evitam, e de coleópteros (2).
Bibliografia
(1) Aves de Portugal: Cuculus canorus, consultado em http://www.avesdeportugal.info/cuccan.html, a 17-08-2011.
(2) Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R. 2010. Aves de Portugal: Ornitologia do Território Continental. Assírio & Alvim, Lisboa. ISBN: 978-972-37-1494-4.
(2) Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R. 2010. Aves de Portugal: Ornitologia do Território Continental. Assírio & Alvim, Lisboa. ISBN: 978-972-37-1494-4.
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