Espécie do mês de Julho: Andorinhão-preto
O andorinhão-preto (Apus apus) é uma ave de pequeno porte, caracterizado por se assemelhar a uma grande andorinha embora não estejam relacionados entre si dado que os andorinhões pertencem a uma ordem diferente das andorinhas,(ordem Apodiforme). Apresenta plumagem totalmente escura e as asas em forma de foice e possui umas patas curtas mas com garras fortes que utiliza para se agarrar verticalmente às superfícies onde muitas vezes nidifica. Esta espécie pode ser vista em bandos em voos rápidos, por vezes ruidosos devido aos seus chamamentos estridentes (1).
Em Portugal o andorinhão-preto tem uma distribuição ampla, abrangendo praticamente todo o país embora esteja descrito ser mais abundante no norte do que no sul (2). Esta espécie é muito gregária e possui uma estreita relação com o Homem sendo mais frequente nas zonas densamente urbanizadas como as grandes cidades (1;2) embora no norte do país existam pequenas colónias em aldeias (1). Estas colónias são constituídas muitas vezes por centenas de indivíduos da mesma espécie em edifícios urbanos, barragens, castelos, pontes, fragas e paredões (2).
O andorinhão-preto cria somente uma ninhada por ano, durando a incubação 18 a 24 dias e com posturas constituídas por 2 a 3 ovos. As crias adquirem a capacidade de voo aos 37 a 56 dias,(estando muitas vezes condicionadas pelas condições meteorológicas) (2).
O andorinhão-preto é uma espécie estival e está presente no nosso território de Março a Outubro (1), onde muitas das aves encontram-se em passagem de e para o Norte da Europa embora também existam em Portugal importantes populações nidificantes (2). Durante a época de migração para África forma grandes bandos associando-se muitas vezes ao andorinhão-pálido e ao andorinhão-real. A passagem pós-nupcial começa cedo e a maioria das aves abandona o país até Setembro embora ainda seja possível observar alguns indivíduos desta espécie em Outubro (2).
O andorinhão-preto alimenta-se sobretudo de insectos voadores e de aranhas de tamanho pequeno ou médio, evitando insectos com ferrão como abelhas e vespas (2).
Os andorinhões por norma nunca pousam voluntariamente no chão, passando a maior parte da sua vida no ar, caçando, bebendo e por vezes acasalando, podendo igualmente alcançar estados de dormência em pleno voo (3).
No Cervas esta espécie ingressa com frequência entre Junho e Julho grande parte devido a queda do ninho de juvenis que ainda não apresentam a plumagem totalmente desenvolvida e por isso não se encontram preparados para o voo.
Bibliografia
(1) Aves de Portugal: Apus apus, consultado em http://www.avesdeportugal.info/apuapu.html, a 5-07-2011.
(2) Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R. 2010. Aves de Portugal: Ornitologia do Território Continental. Assírio & Alvim, Lisboa. ISBN: 978-972-37-1494-4.
(3)Commonswift worldwide: FAQ, consultado em http://www.commonswift.org/FAQ_english.html, a 5-07-2011
(1) Aves de Portugal: Apus apus, consultado em http://www.avesdeportugal.info/apuapu.html, a 5-07-2011.
(2) Catry, P., Costa, H., Elias, G. & Matias, R. 2010. Aves de Portugal: Ornitologia do Território Continental. Assírio & Alvim, Lisboa. ISBN: 978-972-37-1494-4.
(3)Commonswift worldwide: FAQ, consultado em http://www.commonswift.org/FAQ_english.html, a 5-07-2011
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