Espécie do mês de Janeiro: Pintassilgo

Foto: Pintassilgo adulto no momento do ingresso no CERVAS, após apreensão pelo SEPNA/GNR.

O pintassilgo (
Carduelis carduelis) é uma ave granívora de pequenas dimensões, com um peso que ronda os 15 g. Os animais adultos apresentam uma plumagem característica, em que sobressai a face de cor vermelha, sendo o resto da cabeça branca e a nuca preta. As asas são também pretas e apresentam uma barra de cor amarela viva, que é particularmente visível quando a ave se encontra em voo. A cauda é bifurcada, de cor preta, com algumas manchas brancas. Os animais imaturos apresentam uma tonalidade mais discreta, em tons acastanhados, ainda que possuam as asas semelhantes aos adultos.

É uma ave bastante comum, ainda que possa ser observada com mais facilidade no sul do país e está presente durante todo o ano. Ocupa uma grande diversidade de habitats, desde parques e jardins urbanos até bosques pouco densos e zonas de orla de campos agrícolas, sobretudo de produção cerealífera.

Nidifica em árvores e a postura, que ocorre entre Abril e Maio, varia entre 4 e 6 ovos, de cor azul, com manchas pretas, sendo a incubação feita pela fêmea. Os ovos eclodem ao fim de 11 a 14 dias, e as crias são alimentadas pelos progenitores, sendo que a sua dieta consiste sobretudo em pequenos insectos.

Estes animais apresentam um canto melodioso, motivo pelo qual são capturados em elevado número, para venda ilegal. Alguns “criadores” produzem híbridos desta espécie com canários (Serinus canaria), que têm o nome comum de “travessos”.



Foto: Híbrido de Carduelis carduelis com Serinus canaria, no momento do ingresso no CERVAS, após apreensão pelo SEPNA/GNR. Apesar de poder ser confundido com um pintassilgo imaturo devido à coloração das asas, este animal apresenta um bico mais robusto e mais semelhante ao do canário.

Ainda que esta espécie apresente um estatuto de conservação “Pouco Preocupante”, a sua principal ameaça é, tal como já foi referido anteriormente, a captura e o cativeiro ilegal, motivo que leva ao ingresso de várias dezenas destes animais nos centros de recuperação de fauna selvagem.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Espécie do mês de Maio: Cobra-rateira

Espécie do mês de Abril: Tentilhão-comum

Espécie do mês de Junho: Ouriço-cacheiro

Espécie do mês de Setembro: Cobra-de-água-de-colar

Espécie do mês de Junho: Víbora-cornuda

Espécie do mês de Março: Morcego-anão

Espécie do mês de Março: Corvo

Espécie do mês de Setembro: Cágado-mediterrânico

Devolução à Natureza de 1 morcego-negro em Gouveia

Espécie do mês de Dezembro: Fuinha