Libertações: Fevereiro de 2009
10h30, Prado dos Vales, Vermiosa (Figueira de Castelo Rodrigo)
Esta acção foi antecedida por uma acção de educação ambiental com as crianças da E.B.1 e o Jardim de Infância da Vermiosa, que assitiram posteriormente à devolução à Natureza desta águia.
Esta ave de rapina foi recolhida na freguesia da Vermiosa, no dia 15 de Setembro de 2008, após ter sido acidentalmente atropelada. Foi entregue pela própria condutora ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) que, através dos Vigilantes da Natureza, a fez chegar ao CERVAS. Neste centro, o processo de recuperação consistiu na resolução de uma fractura na asa, aumento de peso, convívio com aves da mesma espécie e treino de caça e voo.
13 de Fevereiro, 6ª feira
Libertação de um Grifo (Gyps fulvus)
12h30, Santuário de Sto. André das Arribas, Almofala (Figueira de Castelo Rodrigo)
Esta acção contou com a presença de um representante da Junta de Freguesia de Almofala, entre outros.
No dia 15 de Janeiro de 2009, este grifo sub-adulto foi recolhido em Figueira de Castelo Rodrigo, em condição de grave debilidade, tendo sido prontamente entregue no CERVAS por um Vigilante da Natureza do PNDI. Já no centro, considerando todos os sinais clínicos (incapacidade de se manter em pé, vómitos...) e também o local de recolha da ave e circunstâncias descritas, suspeitou-se que a ave teria sido vítima de intoxicação (por consumo de carcaças ilegalmente envenenadas). O processo de recuperação consistiu então na administração de medicação específica, convívio com outro abutre, manutenção do peso e treinos de voo.
Esta ave apresentava dimensões consideradas máximas para a espécie, sendo possivelmente um dos maiores grifos alguma vez registados em Portugal, apresentando cerca de 12kg (o peso médio para a espécie é de 8,5kg) e mais de 2,5m de envergadura (o valor máximo estipulado é de 2,65m).
Esta acção contou com o apoio do Bionúcleo (Universidade de Aveiro) e com a presença do programa 3810-UA.
Este foi um caso de recuperação muito particular já que se trata de uma gaivota-tridáctila (Rissa tridactyla) recolhida por um particular no dia 4 de Fevereiro em Vide (Seia), por se encontrar muito debilitada. Trata-se de uma espécie quase exclusivamente marinha que não nidifica em Portugal (apenas passando ao largo da nossa costa) pelo que, para ser detectada neste local, eventualmente terá procurado abrigo contra o mau tempo subindo um rio, acabando assim por chegar à Serra da Estrela. Concluído o processo de recuperação realizado neste centro, com o apoio do Parque Ecológico de Gouveia, chegou então o momento de devolver esta ave à Natureza.
A recuperação desta ave incluiu a passagem por um processo de enriquecimento ambiental que lhe permitiu exercitar as capacidades de voar e nadar e uma alimentação cuidada para que recuperasse o peso adequado.
O local da libertação foi escolhido por ser adequado para a espécie, pela maior proximidade geográfica ao local onde a ave foi encontrada e recuperada e também pela possibilidade de divulgação e educação ambiental junto da Universidade de Aveiro e de outras entidades e população locais.
Após a libertação, foi ainda realizada uma saída para observação de aves marinhas e aquáticas, naquela zona e arredores (inclusivé Dunas de S. Jacinto).
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