Espécie do mês de Fevereiro: Gaivota-tridáctila


A gaivota-tridáctila (Rissa tridactyla) é uma ave marinha que pode atingir os 43 cm de envergadura e cerca de 320g de peso. Esta espécie possui a cabeça pequena, bico amarelo e curto. De todas as espécies de gaivotas é a mais delicada devido às suas cores, comportamento e dimensões. Os adultos apresentam um manto cinzento na parte superior do corpo, enquanto que o abdómen é completamente branco. A ponta das asas é preta, assim como a totalidade das patas. Aquando da plumagem de Inverno, os adultos apresentam a nuca em tons escuros. Os juvenis apresentam uma mancha preta na base da nuca, têm o bico escuro e a coloração preta das asas faz lembrar um “W”, apresentando ainda uma barra preta na base da cauda.

Distribui-se nas regiões subárticas do norte e centro da Europa, raramente ocorre em grandes bandos e quase nunca aparece junto à costa. Em Portugal pode ser vista durante o Inverno, pois é uma espécie migratória que durante as épocas mais frias recorre ao nosso país, que tem temperaturas mais amenas. Tem capacidade de nadar e de levantar voo e pousar tanto na água como no solo.

É oportunista no que diz respeito à alimentação, podendo comer quase todos os tipos de peixes e invertebrados. Reproduz-se nas costas rochosas do oceano Atlântico, em especial no Norte e no Ocidente, formando grandes bandos. Põe dois ovos de cor creme com manchas castanhas, que demoram cerca de 25-30 dias a incubar e eclodir. As crias quando eclodem são bastante activas e muito penugentas.

Em termos de conservação em Portugal, esta ave não se encontra ameaçada (o seu estatuto de conservação, atribuído pelo ICNB, em 2005, era “pouco preocupante”. No entanto, como todas as aves marinhas, pode ser prejudicada por alguns factores de origem humana. Os principais factores de ameaça para são a captura acidental em redes de pesca e os derrames de crude e seus derivados no oceano.

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